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ANEMO distancia-se da greve dos enfermeiros

A Associação Nacional dos Enfermeiros de Moçambique (ANEMO) disse sexta-feira, não ter nenhuma ligação com as informações que circulam via telemóvel, incitando a classe a paralisar as suas actividades de 25 a 28 de Setembro corrente, em protesto contra a contínua degradação da sua condição humana.

Distanciando-se de tais manifestações, a ANEMO apela a todos os enfermeiros a primarem pela calma e serenidade, em cumprimento do juramento feito por estes no dia da sua graduação como profissionais da saúde.

A presidente da ANEMO, Hermínia Zacarias Cossa, citada pelo matutino “Notícias” defende que a associação privilegia o diálogo com os seus responsáveis, como forma harmoniosa de resolver quaisquer diferenças de ordem económica e social, entretanto, reconhece a existência de vários factores que desmotivam os enfermeiros.

Cossa explicou ainda que a manifestação é convocada por alguém de fora da saúde, em nome do “Sindicato dos Profissionais da Saúde” que segundo ela, não existe, facto que tornaria a greve ilegal.

Ainda na sua explanação, Cossa disse que a promoção de manifestações violentas não é a solução para os problemas. Pelo contrário, manifestações trarão impacto negativo na vida dos cidadãos, em geral, e dos profissionais da saúde, em particular, e que uma greve destes profissionais seria um verdadeiro caos para o país. “Nós, como ANEMO, desencorajamos qualquer manifestação nesse sentido.

Nós privilegiamos o diálogo. Até porque não faz parte dos princípios nem da conduta da associação recorrer a métodos violentos para resolver quaisquer diferenças resultantes do trabalho que realizamos”, afirmou Cossa”, acrescentando que o seu elenco está a trabalhar com todas as delegações provinciais para que a manifestação não ocorra.

Dentre vários problemas que apoquentam os enfermeiros, destaca-se o salário incompatível com o trabalho que realizam, o rácio enfermeiro/doente, ou seja um enfermeiro está para 40/70 doentes, falta de progressão nas carreiras profissionais e a dificuldade destes se formarem em áreas específicas.

Refira-se que em Moçambique existem 8 mil enfermeiros, dos quais 2 mil se encontram filiados à associação.

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