O FC Porto não pára, os Dragões alcançaram, este sábado, a sexta vitória consecutiva no Campeonato Português, a décima da temporada 2010/11 e o 20º triunfo consecutivo no campeonato português, contando, claro, com os últimos jogos da época passada. O Olhanense foi a mais recente vítima da fome azul e branca, tendo saído do Estádio do Dragão derrotado por 2 a 0. Já o Benfica ganhou no terreno do Marítimo por 1 a 0.
O treinador portista, André Villas-Boas, promoveu a estreia absoluta do central Nicolas Otamendi e não se arrependeu, certamente, da escolha. Foi o internacional argentino que abriu caminho a um triunfo que teve, também, a marca de Hulk. Não foi difícil perceber que o FC Porto queria embalar para a sexta vitória seguida o mais depressa possível e, logo aos quatro minutos, os adeptos festejaram no Dragão um golo de Hulk, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo do brasileiro, depois de uma primeira defesa de Moretto a remate de Falcao.
O guarda-redes do Olhanense esteve, aliás, em destaque, fazendo o que podia perante o caudal ofensivo dos azuis e brancos. Negou golos a Silvestre Varela, Fernando Belluschi e Falcao, mas, aos 23 minutos, o brasileiro nada poderia ter feito. Canto curto no lado direito do ataque, Hulk entrou na área e disparou forte para defesa incompleta de Moretto, com Otamendi, no sítio certo, a atirar para o fundo da baliza e para o 1 a 0.
Mesmo em cima do intervalo, dois lances de Hulk. Primeiro, o avançado atirou muito forte, mas ao lado, e no primeiro minuto de compensação aproveitou um passe falhado de Maurício para se isolar e fazer o 2 a 0 com grande classe. Sem surpresa, o FC Porto continuou a dominar na segunda parte, muito embora o Olhanense se tenha mostrado um pouco mais ofensivo e criado uma ou outra situação de relativo perigo junto da baliza de Helton que, ainda assim, foi pouco mais do que um espectador.
Coentrão dá vitória na Madeira
O Benfica conquistou a primeira vitória do campeonato fora do Estádio da Luz, ao vencer, por 1 a 0, no terreno do Marítimo. Depois de um início de Liga para esquecer, as Águias parecem começar a carburar, mas, este sábado, apenas um golo de Fábio Coentrão, já na segunda parte, decidiu o duelo na ilha da Madeira marcado por muitas oportunidades falhadas pelas duas equipas. E o primeiro exemplo de desperdício surgiu ao minuto 18, após um pontapé de canto cobrado por Carlos Martins, com Javi Garcia a cabecear para golo, aproveitando uma saída em falso do guarda-redes do Marítimo, mas Danilo estava no sítio certo para, em cima da linha fatal, evitar o primeiro.
O erro do guardião dos madeirenses não teve consequências, bem pelo contrário. Aos 27 m, após boa jogada de Nico Gaitán, Óscar Cardozo assistiu Javier Saviola, mas Marcelo Boeck faz um grande defesa e evitou a festa do argentino. Menos de dois minutos depois, a história repetiu-se: de novo Saviola em excelente posição para marcar, mas o guarda-redes brasileiro a brilhar mais do que o avançado e a desviar para canto. A resposta do Marítimo surgiu aos 40m: excelente jogada, no flanco direito, de Danilo, que tirou um adversário do caminho e rematou de pé esquerdo para uma super defesa de Roberto.
O guarda-redes espanhol do Benfica ainda voltou a ter trabalho antes do intervalo, opondo-se a um remate de Baba que, à entrada da área, atirou à figura de Roberto. A segunda parte começou com o Benfica ao ataque e já depois de Gaitan ter falhado o chapéu, foi tempo para Cardozo ter, e desperdiçar, duas chances de ouro. Primeiro foi Ricardo Esteves a cortar o cabeceamento do paraguaio que, pouco depois, falhou incrivelmente à boca da baliza o desvio de pé direito. Parecia uma questão de tempo até surgir o golo e foi isso mesmo que aconteceu aos 58 minutos, com Fábio Coentrão a concluir um cruzamento da direita de Saviola para o 1 a 0.
Em vantagem, o Benfica conseguiu controlar a reacção do Marítimo e segurar três pontos muito importantes.
O Sporting continua sem acertar
Os Leões empataram, este domingo, em casa com o Nacional da Madeira (1 a 1) e somaram o terceiro jogo seguido sem vencer no campeonato. Com este deslize, a equipa de Paulo Sérgio já está a dez pontos do líder FC Porto. Pressionado pelas vitórias, de sábado, do FC Porto e do Benfica, o Sporting sabia que não podia perder pontos, sob pena de ficar ainda mais longe do topo da tabela classificativa, mas também era óbvio que não teria uma tarefa fácil contra o Nacional da Madeira.
Com muitos jogadores lesionados – Pedro Mendes, Valdés, Izmailov – e sem o castigado Maniche, o Sporting dominou a primeira parte, mas, tal como vem sendo hábito esta época, desperdiçou muitas oportunidades, com destaque para dois lances de Simon Vukcevic. Primeiro, o montenegrino atirou para defesa de Bracali e depois rematou para fora, após ter sido bem lançado por Zapater. Mas Vukcevic estava a dar nas vistas e isso não se alterou na segunda parte, com o número 77 a cruzar para o recém-entrado Diogo Salomão e o jovem a acertar no poste da baliza do Nacional.
Desesperavam os adeptos, mas sem razão para isso. Aos 64 minutos, mais um centro de Vukcevic foi desviado por André Santos e Carlos Saleiro, que também tinha entrado ao intervalo, fez um espectacular remate de moinho que resultou no 1 a 0. O Nacional praticamente ainda não tinha incomodado a baliza de Rui Patrício, mas quando o fez foi letal. Aos 79 minutos, e numa jogada de insistência, o central Danielson assinou o 1 a 1 com um remate fantástico e que roubou dois pontos aos Leões.
Confira os resultados da 6ª jornada:
Braga-Naval, 3-1
Académica-Guimarães, 3-1
Marítimo-Benfica, 0-1
FC Porto-Olhanense, 2-0
União Leiria-Rio Ave, 1-0
Portimonense-Beira-Mar, 1-0
Sporting-Nacional, 1-1
Segunda-feira: Setúbal-Paços Ferreira