Estimativas oficiais indicam que cerca de 62% de um universo de 21 unidades industriais nacionais continuam a usar tecnologia obsoleta dos anos 90 do passado século 20, segundo resultados de um estudo divulgado esta quarta-feira pela Associação Industrial de Moçambique (AIMO).
Segundo a mesma fonte, a fraca utilização das novas tecnologias tem resultado no “pouco dinamismo” da indústria moçambicana, no competitivo mercado regional da África Austral, realçando, entretanto, que a indústria transformadora regista uma taxa média anual de crescimento da sua produção de somente 4,7%.
As dificuldades de acesso a financiamentos bancários para aquisição de novas tecnologias, escassez de mãode- obra qualificada, de incentivos governamentais e as dificuldades em lidar com procedimentos aduaneiros no desembaraço de mercadorias são factores que concorrem para a fraca competitividade da indústria nacional, face à da região da África Austral, de acordo com Carlos Simbine, presidente da AIMO, falando esta quarta-feira, em Maputo, durante a conferência nacional do sector industrial moçambicano.
Aquele evento de um dia debateu temas relacionados com o actual estágio do ambiente de negócios, oportunidades de investimento, Economia Agrária, Indústria Alimentar e estratégia governamental visando o desenvolvimento da indústria em Moçambique.