O município da cidade de Angoche e o Instituto de Desenvolvimento da Pesca de Pequena Escala (IDPPE) estão a desenvolver um programa visando o apoio aos pescadores no contexto de aumento das suas rendas, iniciativa que potencia o processamento de pescado para melhor colocação no mercado.
Para a concretização desse objectivo, a edilidade e o IDPPE desembolsaram um montante estimado em cerca de dois milhões de meticais, montante que está a ser aplicado na construção de um mercado intermédio de produtos marinhos, equipado com meios frios de grande capacidade, além de dispor de salas de processamento.
Américo Adamugy, edil de Angoche, precisou que o referido mercado é o primeiro de um conjunto de três que se pretende construir naquela cidade, com vista a elevar, sobretudo, o volume de rendimentos financeiros por parte dos pescadores e disciplinar o negócio de produtos marinhos que, quando mal conservados, podem provocar doenças nefastas aos consumidores.
Em Angoche o negócio de pescado com destaque para peixe, camarão, lulas e polvo, incluíndo caranguejo, é exercido nas esquinas e locais de aglomeração nos bairros sem o mínimo de condições de conservação e limpeza. Como consequência, as condicoes de saneamento do meio têm vindo a degradarse de forma acelerada devido às dificuldades de gestão de lixo, em particular de produtos marinhos deteriorados.
Assane Ali, presidente da Associação dos Pescadores Artesanais de Angoche, disse que grande parte do pescado localmente é comercializado, na sua maioria, nas grandes cidades, em particular em Nampula, para onde é transportado em condicoes pouco aconselháveis.