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Para quem dividava do poder do povo

Temos assistido nos últimos tempos, nos tempos das eleições “democráticas”, os dois maiores partidos em Moçambique, nomeadamente a Frelimo e a Renamo, mostrarem o “amor” que têm pelo povo moçambicano ao retirarem da corrida democrática os dois nomes mais dignos de reconhecimento pelo seu esforço e trabalho nas suas áreas, falovos de Eneas Comiche e Daviz Simango. Tanto um como outro presidentes de município, Maputo e Beira, deram provas de competência e entrega ao longo do seu mandato. O aspecto e limpeza da cidade de Maputo conheceram os seus melhores dias sob a liderança de Comiche, acertos havia por se fazer, mas a cidade estava no bom caminho. Quanto à cidade da Beira dizer o mesmo e acrescentar que como prova de boa governação, o edil daquela cidade recebera até prémios internacionais, mas melhor prémio foi e é o reconhecimento dos munícipes da Beira que vêem em Daviz alguém dedicado e competente.

Eis que as grandes máquinas partidárias puseram os seus motores a trabalhar e pelo facto de supostamente estes homens recusarem-se a colaborar com as “bases” e não oferecerem terrenos aos sanguessugas do partido, não oferecerem lugares a gente que se acha no direito pura e simplesmente por pertencer ao partido, recusarem-se a colaborar com pessoas fantoches colocadas para vigiar e quem sabe para minar ou atrapalhar o seu trabalho, estes homens que trabalhavam para o bem do povo foram afastados. Ora, se quem devia beneficiar do trabalho destes homens era o povo e o povo estava satisfeito, não é necessária muita lógica matemática para perceber que eles deviam ser mantidos onde estavam, continuar a dálos a oportunidade de fazerem o seu trabalho até o dia que falhassem, aí sim, deviam ser condenados e afastados. É caso para perguntar, será que dentro desses partidos que se afirmam democratas as decisões são tomadas democraticamente ou ao sabor de acordos e negociatas baratas (bem, baratas não)? Agora prestem atenção para um aspecto curioso, as posturas diferentes dos munícipes de Maputo e Beira perante o mesmo fenómeno, o que na minha opinião foi importante para a resposta de Comiche e Simango.

 

 “ Ora, se quem devia eneficiar do trabalho destes homens era o povo e o povo estava satisfeito, não é necessária muita lógica matemática para perceber que eles deviam ser mantidos onde estavam ”

 

Os cidadãos de Maputo, embora apoiassem e congratulassem o seu edil pelo bom trabalho, não saíram a rua para manifestá-lo publicamente e repudiarem a atitude do partido Frelimo por se colocar acima do desejo do povo, este que se afirma representante desse mesmo povo. Os cidadãos da Beira saíram a rua, apoiantes declarados que são do seu edil, e exigiram que a Renamo não o afastasse da corrida democrática, este partido que se diz também representante do povo não deu ouvidos e continuou movido por interesses que não são os do povo mas aí é que tiveram uma surpresa. Coisa que eu também esperava de Comiche, Daviz contra todos esses combatentes da fortuna, a pedido do povo e do bom senso, candidatou-se como independente para o lugar de presidente do município. Eu estou e estarei sempre do lado do povo, pois eu sou povo. O povo não é burro e os seus desejos são movidos pelos seus sentimentos, observação e sabedoria que metade desses políticos com os seus diplomas (?) jamais conhecerão. Se o povo está do lado de Daviz Simango eu também estou e quero aproveitar esta oportunidade para saudar a sua coragem em candidatar-se apenas com o apoio deste povo que é todos os dias vítima destes partidos políticos. Pela sua dedicação, competência, seriedade e compromisso o povo da Beira está com Daviz e eu também estou e acreditem, se Comiche tivesse se candidatado como independente e pelo povo, eu também estaria com ele. Povo no poder!

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