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Agricultura: governo abre nova linha de crédito

O Governo moçambicano vai abrir, ainda no presente mês de Setembro, uma linha de crédito agrário no valor de 25 milhões de dólares norte-americanos. A medida visa estimular a produção agrícola durante a campanha 2010/2011, no quadro de uma estratégia integrada no plano de acção para a produção de alimentos.

O facto foi anunciado pelo Ministro da Agricultura, Soares Nhaca, que explicou que o referido crédito será operacionalizado pelo ‘Standard Bank’, um banco de capitais sul-africanos, com garantias do Governo moçambicano e apoio da Aliança para a Revolução Verde em África (AGRA). Nhaca anunciou ainda que outros 120 milhões de meticais (o dólar norteamericano equivale a cerca de 36,5 meticais) serão colocados à disposição dos operadores para financiar um programa específico de relançamento do sector privado, além de outros 30 milhões de meticais que serão destinados exclusivamente ao sector da avicultura.

O matutino “Noticias” cita o Ministro Nhaca a reconhecer que o acesso ao crédito é crucial para o alcance das metas do Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA) e que as taxas de juros praticadas pelos bancos são elevadas, razão porque o Governo decidiu abrir várias linhas de crédito, com taxas bonificadas para permitir que muitos produtores possam ser capacitados financeiramente. “Nos próximos dias vamos avaliar a presente campanha agrícola e vamos aproveitar o ensejo para anunciar a disponibilidade destas linhas e indicar as condições em que os produtores poderão aceder ao dinheiro”, afirmou Soares Nhaca.

Ele explicou que para as campanhas agrícolas 2006/2007 e 2007 /2008, o Estado colocou à disposição sete milhões de dólares norte-americanos para alimentar uma linha de crédito destinada aos produtores da região sul do país, dos quais cinco milhões foram destinados ao crédito de emergência. No mesmo período, segundo esclareceu, foram igualmente colocados à disposição 75 milhões de meticais para uma linha de crédito exclusivamente destinada aos produtores de arroz.

“O Banco Terra não pode, sozinho, resolver os problemas da agricultura. É por isso que abrimos a mão para a criação de novas instituições de crédito pelo país fora para financiar a actividade agrícola”, revelou o Ministro. No que toca a comercialização, aquele governante disse que dos 128 distritos que compõem o país, 60 apresentam excedentes agrícolas, estando por isso a necessitar de um mecanismo funcional capaz de absorver o excedente.

Segundo Nhaca, do total dos distritos, 55 sofreram efeitos de seca ou cheias razão porque agora estão em situação de relativo défice em relação a algumas culturas alimentares e apenas 13 estão em situação de estabilidade alimentar. Soares Nhaca disse ainda que o Governo está a construir silos com capacidade para armazenar um total de 89 mil toneladas em diferentes pontos do país.

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