A Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), dirigida por Graça Machel, acusa o Governo de estar a “esconder” à sociedade civil o Orçamento do Estado (OE), cenário que faz com que “a maioria dos moçambicanos o desconheça totalmente”.
A mesma organização denuncia, por outro lado, o facto de o Executivo alocar anualmente apenas o correspondente a 4,8% do mesmo orçamento para os distritos “apontados pelo mesmo Governo como pólo de desenvolvimento, mas que na prática recebem uma ninharia”, segundo Narciso Matos, director executivo da FDC.
Matos dá exemplo do OE de 2010 onde cerca de 72,1% do total de 117,9 biliões de meticias aprovados pela Assembleia da República (AR) como Orçamento do Estado para o presente ano estão a ser gastos a nível Central, “facto que está a concorrer para o pouco empoderamento das zonas rurais moçambicanas”, alertou o director executivo da FDC.
Ainda sobre a falta de divulgação junto da população moçambicana do Orçamento do Estado, aquela agremiação aponta que a situação está a concorrer para a fraca contribuição da sociedade civil moçambicana no melhoramento da qualidade de vida das comunidades mais desfavorecidas.
As preocupações da FDC foram apresentadas Quinta-feira passada em Maputo por aquela agremiação num encontro que tinha em vista alertar a sociedade civil para o seu maior envolvimento nas acções de monitoria da forma como o Governo procede às dotações orçamentais para todos os sectores produtivos e sociais do país.
