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Mambas: Nem perfume nem “picadelas”

Com três excepções – Kampango, Dominguez e Simão – os Mambas que actuaram na Machava demonstraram uma gritante falta de acção e imaginação. O perfume de bom futebol a que nos habituaram e as “picadelas” venenosas, estiveram ausentes. Numa escala de zero a 10, vejamos como é que o jornal @Verdade viu a actuação da nossa selecção.

Kampango (8) – Indiscutívelmente o nosso melhor, pelo nível de paradas que realizou. Saíu-se bem em todas as solicitações que, diga-se, foram poucas mas difíceis. Não foi uma tarde de sonho, mas também não foi de sono…

Dário Khan (4) – Alguma manha na protecção da bola, que demonstra experiência, alternada com uma grande insegurança, a fazer lembrar as asneiras do CAN. Inseguro a defender e pouco incisivo a atacar.

Mexer (5) – “Pêrro” de movimentos e desarticulado com o outro central, fazia-se aos lances tentando transmitir uma segurança que não possuía, diante do perigoso Zuway, um avançado forte e brigão apesar de pouco móvel.

Mano (5) – Longe de transmitir a segurança defensiva habitual, ressentiu-se claramente do longo período de paragem.

Miro (4) – Uma unidade de cariz ofensivo, “amarrada” em funções defensivas. Acabou não se saindo bem, nem a defender, nem a atacar. Por onde andou aquele seu espírito de galvanizar o colegas no sentido de só terem os olhos virados para a baliza contrária?

Simão (7) – A principal unidade de destruição, estabilidade e recuperação da bola e em alguns casos de construção das jogadas. A estratégia de “roubar” o esférico e fazer rotações, passava sempre por Simão, nesta altura um tanto pesadão, mas com boa capacidade de choque e de controlo da zona-tampão dos Mambas.

Dominguez (6) – É verdade que exagerou nos rodopios, mas a imprevisibilidade dos seus dribles e simulações, foram dos poucos factores desestabilizadores e de desequlíbrio que a turma de Mart possuíu. A concentração de adversários para a marcação do “puto-maravilha”, infelizmente não foi aproveitada pelos colegas.

Genito (3) – À sua tarde de pouco rendimento se ficou a dever – em especial na primeira parte – a gritante falta de ligação entre a defesa e o ataque. O esférico era trocado com alguma propriedade atrás, mas depois poucas opções sobravam que não o pontapé longo, passando os Mambas a um forçado futebol directo que mais não era do que entregar o ouro aos Kadafi’s .

Hélder Pelembe (4) – Só a lesão pode explicar que um jogador habitualmente insatizfeito e brigão, tenha optado por quase se esconder atrás dos defesas para não receber a bola. Por onde andou a vivacidade desta já considerada estrela do Portimonense?

Tony (6) – Não é fácil fazer a “parede” para as incursões dos colegas mais recuados e, em simultâneo, brigar para desfazer a quase inamovível muralha “plantada” à frente do guarda-redes Samir Abod. Não fez esquecer Dário Monteiro, mas deu indicações de que a aposta nele poderá resultar.

Josimar (5) – Com o carimbo de estrela do Moçambola, era a unidade no banco que o público mais reclamava. Entrou no melhor período dos Mambas e passou a ser, pelo seu irrequietismo, mais um motivo de preocupação para o técnico líbio. Mais rotinado nestas andanças, poderá vir a ser um novo Tico-Tico, menos calculista mas mais irreverente.

Mbinho (3) – Entrou, viu e não (con)venceu. Peróido curto em campo e uma presença apagada. Como tal, pouco espaço para comentários.

Fanuel (3) – Já vimos em tempos grandes treinadores fazerem opções deste tipo: um defesa de raiz, rotinado em desarmar, colocado como desestabilizador, lá à frente. Neste caso, pareceu-nos mais uma opção de desespero do que uma alternativa que estava preparada na manga.

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