A Organização Internacional do Trabalho (OIT) diz que está “muito preocupada” com casos elevados de despedimento de trabalhadores com HIV/SIDA, em Moçambique.
Comentando a situação, Maria Helena Taipo, ministra do Trabalho, também considerou “grave e preocupante o problema” e que poderá culminar, a curto prazo, no encerramento das empresas, “pelo que devem ser tomadas medidas urgentes para evitar que continue”.
Por seu turno, Natividade Bule, presidente da Associação dos Empresários Contra o HIV e SIDA (ECoSIDA), depois de condenar os despedimentos, disse estar em curso o levantamento do número de trabalhadores já expulsos, bem como daqueles que ainda continuam a trabalhar, mas a sofrer da doença.
Estas preocupações foram apresentadas na manhã desta quarta-feira, em Maputo, durante um seminárrio de capacitação de 60 inspectores de Trabalho das províncias de Gaza, Maputo, Inhambane e cidade de Maputo, patrocinado pela OIT e com o propósito de actualizar os presentes em matéria relacionada com a legislação moçambicana sobre o HIV/SIDA e sua aplicação pelas empresas.
O encontro, a terminar esta quinta-feira, aborda também temas relacionados com a resposta ao HIV e SIDA no Mundo do Trabalho, Código de Conduta e impacto da doença no país e nas empresas.