Pelo menos três crianças morreram esta segunda num ataque bombista no norte do Paquistão, que vitimou 17 pessoas. O autor do atentado fez colidir uma carrinha pick-up com uma esquadra policial na cidade de Lakki Marwat, na província de Khyber Pakhtnkhwa. Entre as vítimas estão 11 agentes da autoridade. No meio dos destroços foram encontrados mochilas e livros escolares. Só na última semana já morreram mais de cem pessoas, em ataques aos muçulmanos xiitas, numa altura em que a violência alastra após as cheias no país.
Os atentados foram todos reivindicados pelos talibãs paquistaneses. Esta segunda, a explosão em Lakki Marwat feriu ainda 40 pessoas. Notícias explicam que o bombista terá batido numa carrinha escolar, antes de embater contra a parede da esquadra, acabando por deitar o edifício abaixo. Uma loja e mesquita da vizinhança foram também atingidas. Equipas de salvamento e agentes da autoridade tentaram afastar os escombros, para resgatar as vítimas.
“Chegaram ao hospital 17 cadáveres e 45 feridos”, disse à agência noticiosa AFP Ghulam Ali, médico no principal hospital de Lakki Marwat.
A reivindicação da autoria do atentado foi feita pelos talibãs, através de um telefonema feito à agência AP. Segundo a agência, os autores do telefonema explicaram que a polícia era o alvo deste atentado, pois as autoridades têm encorajado a vizinhança a combater os militantes. Disseram ainda que iriam levar a cabo mais ataques, caso as milicías não fossem extintas.
O primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gilani, condenou o ataque: “quero deixar bem claro hoje que não podemos deixar que os seus desígnios nefastos vençam, e que vamos eliminá-los”.
As forças de segurança do Paquistão têm lutado contra os talibãs no noroeste do país nos últimos anos. De acordo com a Comissão dos Direitos Humanos paquistanesa, entre 2007/2009 a violência perpetrada por militantes extremistas provovou a mortes de cerca de nove mil pessoas.
