A Policia da República de Moçambique (PRM) apresentou, domingo, seis indivíduos indiciados de mobilizarem populares para participar numa manifestação que teria lugar de quarta a sexta-feira deste mês, na capital provincial de Nampula. Trata-se de António Namarocolo (suposto cabecilha), de 61 anos de idade , Williamo Namele, de 47, Lipato Hamilton, de 35, Ramadane Gile, de 32, Amisse António, de 25, e Maradona Cristiano, de 18 anos, todos residentes no bairro de Natikiri, arredores da cidade.
Segundo Inácio Dina, chefe do departamento de Relações Públicas no Comando Provincial da PRM, os indiciados confessaram às autoridades policiais que a referida manifestação estava agendada para iniciar no Waresta, um dos maiores mercados da cidade, e teria como móbil o agravamento do custo de vida em Moçambique, particularmente de produtos de primeira necessidade.
De acordo, ainda, com a mesma fonte, no acto de revista, três dos seis indivíduos foram detectados na posse de 500 gramas de cannabis sativa, vulgo suruma, que seria fornecida à parte das pessoas que, eventualmente, aderissem à manifestação, de modo a sentirem-se mais encorajados para o efeito.
Entretanto, em contacto com a imprensa, um dos envolvidos confessou ser vendedor do produto, enquanto outros dois alegaram serem meros compradores e consumidores de drogas. E os restantes três identificaram-se como membros do partido Renamo e que, na altura da sua detenção, se encontravam a mobilizar populares para participarem numa reunião que tinha como único propósito a apresentação da nova direcção política do partido ao nível da cidade de Nampula.
