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FACIM prorrogada até sete de Setembro

A Feira Internacional de Maputo (FACIM), edição de 2010, foi prolongada até ao próximo dia sete do corrente mês, para compensar os dias de fracasso resultante das manifestações violentas registadas, quarta e quintafeira, nas cidades moçambicanas de Maputo e Matola. A 46ª edição 2010 da FACIM, iniciada no passado dia 30 de Agosto, devia, em princípio, encerrar no sábado, mas a organização decidiu prolongar até a próxima segunda-feira.

Falando em conferência de imprensa havida sexta-feira, em Maputo, João Macaringue, presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto de Promoção das Exportações (IPEX), disse que esta foi a forma encontrada pela organização da Feira para, de certa maneira, compensar o impacto negativo das manifestações populares.

A medida, segundo Macaringue, resulta do facto de os investidores da feira terem ficado privados, por cerca de dois dias, de realizar seus negócios, sendo esta uma das formas encontradas para ressarcir os expositores dos gastos e compensar o tempo em que a feira permaneceu inactiva. “Assim num encontro em que o IPEX esteve presente, a organização decidiu prorrogar o prazo para permitir que os investidores possam dispor de tempo suficiente como estava previsto para fazerem contactos e permitir que as pessoas possam visitar a Feira”, explicou Macaringue.

A edição 2009 da FACIM, segundo Macaringue, vendeu no primeiro dia 546 bilhetes contra 617 do presente ano mas já no segundo dia não teve nenhum ingresso devido as manifestações resultando em prejuízos avultados não só para feira como também para os expositores. Sem quantificar os valores por se tratar de matéria ainda por avaliar, disse que os números apontam para valores avultados, tendo, por conseguinte, apelado aos investidores para compreenderem que se tratou de um infortúnio que aconteceu em Moçambique e podia acontecer em qualquer outro país.

“Apelo aos investidores para ganharem coragem porque se trata de uma situação que estava fora das previsões”, disse a fonte, adiantado que o movimento registado durante a manhã leva a crer que existe vontade da parte dos expositores e dos visitantes de fazer da feira um sucesso. Macaringue saudou o facto de não ter havido nenhuma até agora nenhuma desistência, porquanto tanto os expositores quanto os seus produtos estão seguros na feira não havendo quaisquer ameaças à sua integridade. Apesar da crise financeira internacional, o número de países inscritos nesta edição, 14 contra oito em 2009, espelha, segundo Macaringue, um crescimento assinalável.

Na Feira Internacional de Maputo foram inscritas 31 empresas estrangeiras singulares provenientes de diversos países, nomeadamente, África do Sul, Índia, China, Portugal e Paquistão, contra 18 registadas em 2009. No panorama interno foram registadas 201 empresas, a título individual, e 288 organizadas por províncias, que vão expor no pavilhão do Ministério da Indústria e Comércio (MIC), perfazendo um total de 489 os expositores nacionais que tomam parte no evento.

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