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Medicamentos para malária, doados a África, são roubados

Uma nova pesquisa apresenta provas de que os medicamentos para a malária, doados aos países africanos, têm estado a ser roubados e revendidos nos mercados privados. O estudo está publicado no jornal “Research and Reports in Tropical Medicine”.

Analistas dizem que estas descobertas não são uma surpresa, mas que os doadores têm se mostrado relutantes em falar sobre o assunto. Entre 2007 e 2010, os investigadores compraram medicamentos para a malária em farmácias privadas em onze cidades africanas. Roubos Das cerca de 900 amostras analisadas, os investigadores concluíram que 6,5% deveriam ter tido como destino hospitais e clínicas públicas.

As combinações de Artemisinin, que são as mais fortes à venda no mercado, apresentam o maior número de roubos. Em 2007, 15% desses medicamentos desapareceram; em 2010, a percentagem de roubo aumentou para o dobro, 30%. Os investigadores do estudo sabem que a amostra de casos analisados é pequena e que, por isso, pode criar uma visão distorcida do problema.

CORRUPÇÃO

Mas, os doadores reconhecem que o desaparecimento dos medicamentos se deve à corrupção, e que os resultados do estudo agora publicado são credíveis. Uma auditoria levada a cabo o ano passado pela Iniciativa Presidencial norte-americana contra a Malária descobriu que medicamentos no valor de 640 mil dólares, que tinham sido enviados para Angola, desapareceram dos aeroportos e do armazém do governo.

A pesquisa também sugere que o desvio de medicamentos acontece entre diferentes regiões e sectores dos países africanos. Por exemplo, os medicamentos destinados ao sector público da África Oriental foram encontrados no sector privado na África Ocidental. Mais de um milhão de pessoas por ano morrem na África subsariana devido à malária.

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