Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Hermínio dos Santos atingido por um projéctil

Hermínio dos Santos atingido por um projéctil

Após ser absolvido das acusações de prática de crimes de ameaças ao Estado e desobediência qualifi cada, o presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra, Hermínio dos Santos Angacheiro Nantucuro foi alvejado, nesta quarta-feira, por um projéctil, durante as manifestações que tiveram lugar nesta quarta-feira.

Angacheiro foi atingido por um projéctil, na perna esquerda, ao pé da Escola Dom Bosco que fi ca a sensivelmente 500 metros da sua residência, no bairro de Infulune na cidade da Matola. Na sala de espera do Hospital Central de Maputo, o líder dos desmobilizados de guerra, em declarações prestadas ao @Verdade, referiu que “a polícia disparou com intenção” de o alvejar. Acrescenta: “não se trata de uma bala perdida”.

Até porque, no Hospital José Macamo, “os polícias disseram que eu era responsável pelas manifestações.” Hermínio conta que foi transferido para o hospital José Macamo numa viatura da Esquadra do Infulene, depois que, na companhia do fi lho mais velho, se dirigiu ao posto policial para pedir socorro. Para Angacheiro a prova de que a polícia agiu com intenção de intimida-lo está no facto de, os serviços de urgência do Hospital de Mavalane, terem-no transferido o HCM um paciente com ferimentos ligeiros.

“Os enfermeiros fi caram com medo”, explica. Entretanto, o seu fi lho referiu que foi atingido quando comprava “crédito” numa barraca por um polícia que apazeguava os ânimos das manifestações contra o elevado custo de vida. O fi lho conta que os polícias abordaram-no e acusaram-no de ser um dos instigador da revolta popular. Recorde-se que Angacheiro foi absolvido, recentemente, pela VII Sessão do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, num julgamento por desobediência qualifi cada, o que já se previa.

A decisão fi nal do caso – que não era caso – foi anunciada pela juíza de direito no tribunal judicial do distrito urbano número 7, na Machava, província de Maputo, Maria Laura Karlsen, marcando o fi m de uma novela que durou um pouco mais de 20 dias.

Esta decisão foi tomada depois de se analisar dos elementos de provas recolhidos, as denúncias que recaíam sobre o réu, a fundamentação das mesmas, o posicionamento do Ministério Público e da Defesa, não se verifi ando a prática de crime qualifi cado. Aliás, o MP e o Ministério da Defesa, no dia do julgamento, convergiram e pediram absolvição de Hermínio dos Santos por falta de provas, ou seja, dos autos, consta que não foi possível se comprovar a prática de qualquer dos crimes imputados ao desmobilizado.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!