Reunido esta segunda-feira na cidade de Nampula na sua 23ª Sessão Ordinária, o Conselho de Reitores de Moçambique (CRM) defendeu a abolição do sistema de “ professor turbo” nas instituições de ensino superior, para garantir a qualidade de ensino no país.
Segundo Lourenço do Rosário, reitor da Politécnica e novo presidente do referido Conselho, o professor turbo, por trabalhar em diferentes instituições e chegar a ministrar duas ou mais cadeiras, não tem tempo suficiente para preparar convenientemente as suas aulas.
Esse professor não deveria permanecer nas universidades -disse Lourenço do Rosário.
Em declarações à imprensa, no final do encontro, o presidente do CRM reconheceu, por outro lado, a fraca formação académica por parte de alguns docentes universitários, fenómeno que, segundo suas palavras, se traduz na baixa qualidade de ensino.
De acordo, ainda, com a fonte, para inverter tais situações, o governo está já esboçar o Plano Estratético de Educação 2011/2020, que prevê, entre várias questões, a formação dos professores moçambicanos e a intensificação do processo de investigação científica, por forma a que os actuais problemas de educação sejam melhorados.
É necessário formar o professor de forma estratégica e sistemática, e isso precisa de ser discutido ao nível das políticas públicas. Sublinhou.
Lourenço do Rosário disse que o CRM indicou alguns dos seus membros para fazerem parte da equipa que está a elaborar o Plano a ser submetido ao Conselho de Ministros, a partir de Fevereiro do próximo.
Para além da problemática do “professor turbo”, o encontro de reitores debruçou-se sobre a questão de financiamento nas universidades públicas e privadas, para além de avaliar o grau de implementação das actividades realizadas no mandato anterior, liderado por Filipe Couto, reitor da Univesidade Eduardo Mondlane.
Refira-se que o Conselho de Reitores de Moçambique é uma entidade colectiva sem fins lucrativos, oficializado em 3 de Abril de 2006 e que, presentemente, alberga 22 das 38 instituições de ensino superior públicas e privadas, existentes no país.