“Mocambicano Prepara te no grande dia de greve 01/09/10. Revendicamos sobre a subida de precos: de energia, água, arroz, xapa e pão. Envia pra outros mocambicanos. BOA NOITE” esta é uma mensagens electrónicas enviada através de telemóvel, SMS, que está a circular nos últimos dias convocando os cidadãos a aderirem a uma alegada manifestações contra o aumento do custo de vida no país.
Para as autoridades policiais está-se perante uma tentativa de manipulação do cidadão e que a PRM não tem conhecimento de alguma manifestação legalmente programada e autorizada.
“Estamos dispostos a estabecer a ordem e segurança com todos os meios, se a isso formos obrigados”, disse o porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique.
Por outro lado, a Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), distancia-se das ameaças de uma eventual greve à escala nacional e garante que os transportes semi-colectivo de passageiros, Chapa 100, vão funcionar normalmente. Luís Munguambe, Vice-presidente da FEMATRO, disse aos jornalistas ter tranquilizado a todos os transportadores que o conctaram na sequência das SMS que convocam os cidadãos a aderirem às alegadas manifestações.
Os recentes aumentos dos preços do pão, electricidade e combustíveis, que se juntam ao aumento dos preços de quase todos outros produtos estão a levantar receios da eclosão de violentos protestos semelhantes aos de 5 de Fevereiro de 2008 contra o aumento nas tarifas dos “chapas”, e que geraram confrontos com a polícia e a paralisação do comércio e outras actividades na cidade de Maputo.
Na altura, a capital moçambicana ficou transformada numa cidade em estado de sítio, com contentores de entulho virados, montes fumegantes de pneus ardidos, com barricadas de fogo em algumas das artérias da cidade, além de empresas, escolas e comércio fechados. Os tumultos, em Maputo e Matola (arredores da capital) causaram quatro mortos e 98 feridos, de acordo com o balanço final oficial.