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Há curandeiros que tratam ladrões

O mundo reflecte sobre a medicina tradicional. Aqui, analisam-se os seus efeitos positivos para a sociedade, mas também a contribuição que a medicina verde pode dar à medicina convencional. De alguns anos para cá, o país tem vindo a registar uma avalanche de praticantes da medicina tradicional. Há anúncios em jornais, rádios, televisão e outros meios, sobre as possíveis curas que cada um dos curandeiros faz. Uns por exemplo, avançam que fazem as suas advinhas através de televisores, rádios, etc.

Só que no meio desta actividade toda, há quem usa o seu poderio, muitas vezes para acusar pessoas, o que culmina com morte de cidadãos indefesos, quando são acusados de serem feiticeiros, ou porque a vida de um não anda bem. Esta informação sai dos chamados curandeiros.

E a propósito da data, que hoje se assinala, o Diário da Zambézia, contactou telefonicamente o presidente da Associação dos Médicos Tradicionais na Zambézia, Ernesto Sulemane Safur, para nos dar detalhes de como andam as coisas nesta parcela do país. Este disse nos que em suma, há muita gente que nos últimos tempos entra nesta actividade, embora, de acordo com Safur, alguns destes não sejam licenciados pela agremiação.

A dado passo, a fonte sublinhou que na província da Zambézia, há muita proliferação de pessoas que se dizem serem curandeiros, mas se houver um pente fino, poderão ser encontradas pessoas que nem sequer conseguem tratar uma enfermidade

Há muitos ilegais

Quando questionado se a associação nesta parcela do pais, tem o numero exacto de quantos praticantes da medicina tradicional existem, Safur disse não ser fácil ter números exactos, isto porque diariamente aprecem pessoas de outras províncias e até países vizinhos dizendo que são médicos tradicionais. “Não é fácil, porque como sabe, ate quando andamos na rua, encontramos dísticos com escritas de que este médico vem da província X ou Y, ate mesmo de países vizinhos”-disse Safur, para quem, neste momento, a AMETRAMO na Zambézia, tem inscrito nas suas fichas mais de 25 mil praticantes da medicina tradicional.

Curandeiros tratam ladrões

Com esta proliferação de médicos tradicionais, Ernesto Safur, disse que em muitos casos, até há curandeiros que tratam ladroes, dando-lhes medicamento para que eles possam saquear bens da população a calada da noite, nas residências, sem que os donos se apercebam. De acordo com Safur, esta atitude só mancha a classe, mas como ninguém ainda já descobriu estes tais curandeiros, torna-se difícil agir.

O nosso entrevistado explicou que nestes casos, os curandeiros chegam ao acordo com o tal ladrão e o que se combina entre eles, não é do domínio público. Todavia, a fonte repudia e condena esta atitude e apela para que os seus colegas não veredem por este caminho, porque praticar medicina não é prejudicar alguém, mas sim ajudar. 

Exposição em Mocuba 

Hoje e para fazer reflexão da data, a cidade de Mocuba, acolhe a feira de médicos tradicionais. Relatos que tivemos através da rádio comunitária local, indicam que aquela cidade está inundada de médicos tradicionais, oriundos de toda a província da Zambézia, que esta manhã vão expor a sua actividade em jeito de feira, tal como as autoridades de saúde tem feito nos últimos tempos.

Tudo será feito nesta feira, avança uma fonte da RCL, sublinhando que as consultas sobre a situação de saúde individual, tratamento de doenças diversas, entre outras actividades estão já programadas.

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