Os Presidentes da Zâmbia, Rupia Banda, e do Malawi, Bingu Wa Mutharika. inauguraram, sábado, a ligação ferroviária entre os dois países e o porto de Nacala, na província de Nampula, que se traduzirão na redução em cerca de metade, os custos de importação e exportação de Lusaka. Trata-se de uma linha férrea de 27 quilómetros que faz a ligação entre a região de Mitsinje, no Malawi, e Chibatam, na Zâmbia, fazendo a ligação até ao porto de Nacala, resultantes de USD 10 milhões.
Especialistas zambianos na área dos transportes consideram que a linha será de extrema importância para a redução dos custos das suas operações económicas, na medida em que a ligação até ao oceano Índico, vai reduzir em 800 quilómetros as distâncias rodoviárias que eram até então, a rota das suas operações de importação e exportação.
O presidente zambiano considerou que a ligação vai impulsionar a integração regional e encurtar a rota das importações e exportações do seu país, revelando que está ansioso em ver os benefícios para os países da região.
Por sua vez, o Chefe de Estado Malawiano, Bingu Wa Mutharika, que também presenciou a inauguração, considerou que a linha é vital para os três países que terão assim uma oportunidade de avançarem juntos e consolidarem as relações económicas.
Moçambique esteve representado pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula e pelo director do Porto de Nacala, Fernando Couto.
Refira-se que o Malawi e a Zâmbia iniciaram a construção da linha férrea ora inaugurada nos anos de 1970, mas as autoridades de Lusaka acabariam por abandonar o seu segmento, por motives financeiros, até que em 2006, o então presidente Levi Mwanawasa, viria a relançar a sua construção.
Uma das queixas que tem estado a ser apresentada pelos utilizadores do Porto de Nacala tem a ver com alegada lentidão no manuseamento da carga, assim como os tarifários considerados pouco competitivos, daí a necessidade de os gestores daquela infra-estrutura procurarem formas de responder positivamente a estas queixas.