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Exportações moçambicanas caíram em 2009

As exportações moçambicanas sofreram um revés de 19 por cento em 2009 em relação ao ano anterior devido a queda da procura internacional associada a redução dos preços médios. Falando esta segunda-feira em Maputo durante a abertura da 46ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, disse que, apesar desse revés, as exportações cresceram nos últimos cinco anos, quando analisadas de uma maneira geral.

“É assim que em 2005 exportamos 1.745 milhões de dólares e em 2009 exportamos 2.147 milhões de dólares, um crescimento positivo de 23 por cento”, disse Guebuza, acrescentando que “diremos, portanto, que as exportações cresceram globalmente, apesar do revés de 19 por cento sofrido em 2009, em relação a 2008, que foi de 2.653 milhões de dólares devido a queda da demanda internacional, combinada com a redução dos preços médios”.

Na sua intervenção, o estadista moçambicano disse acreditar na possibilidade de induzir maior crescimento nesta área na medida em que existem condições favoráveis para esse efeito.

Segundo Guebuza, uma dessas medidas passam por acelerar o passo e continuarse a apostar na diversificação de produtos e mercados de exportação, ou seja, na procura de outras linhas tarifárias que resultem na agregação de valor aos produtos e no aumento do leque de produtos não tradicionais.

Por outro lado, o Presidente moçambicano apontou como outra medida o aumento do comércio internacional e a indústria que nos últimos cinco anos cresceu a um ritmo médio de 6,7 por cento, jogando por isso um papel crucial no acréscimo do valor aos produtos.

A embalagem dos produtos para que sejam melhor conservados, mais apetecíveis e que tenham melhor apresentação no mercado é outra medida apontada pelo Chefe do Estado como sendo importante para assegurar o crescimento das exportações.

Guebuza assegurou que o Governo vai continuar a trabalhar com vista a conferir maior visibilidade à contribuição da indústria no país, focalizando o seu enfoque em quatro áreas interligadas.

Guebuza falou ainda sobre o valor da terra onde os investidores possam se estabelecer, bem como sobre a criação de espaços devidamente infra-estruturados para a operacionalização imediata da actividade industrial.

Na sua edição deste ano, a FACIM conta com a participação de 488 expositores nacionais (contra 366 que participaram na edição de 2008), 32 empresas estrangeiras (contra 18 do ano passado), e 17 países (contra oito de 2008), dos quais sete são da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Antes do discurso de abertura do evento, o Presidente moçambicano percorreu todos os stands dos expositores moçambicanos aglomerados no pavilhão comum do Ministério da Indústria e Comércio (MIC). Igualmente, ele visitou os pavilhões dos países participantes no evento e de algumas empresas nacionais (que estão fora do pavilhão do MIC).

Depois disso, Guebuza dirigiu a cerimónia de entrega de prémios aos autores das melhores redacções sobre o tema “exportação” bem como aos maiores exportadores do ano passado.

Como tem sido hábito, a fábrica de fundição de alumínio MOZAL foi a primeira classificada para o prémio do maior exportador, na componente de megaprojectos. Depois da MOZAL encontramse a empresa pública Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB).

Quando se excluem os megaprojectos, o maior exportador foi a empresa Mozambique Leaf Tabacco, seguida de MEREC Industries.

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