O assunto da transformação do jardim da Sagrada Família em estacão de serviços pertencente ao Grupo Êxitos, foi muito badalado. Toda gente comentou e ate pedia-se a cabeça do edil de Quelimane, Pio Matos. Os ambientalistas já equacionavam fazer uma petição contra o projecto que já tinha sido depositado na Assembleia Municipal (AM). Só que como o projecto envolvia tubarões da nomenclatura, o edil de Quelimane, preferiu sacudir o capote e mandar a proposta ao órgão legislativo para efeitos de análise e os procedimentos a seguir.
O que estava acontecer? Ora, pelas nossas investigações, apuramos que afinal de contas o projecto da transformação do jardim da sagrada em estacão de serviços, nem sequer passava pela cabeça do edil de Quelimane. Era sim, segundo dados que fomos apurando ao longo deste tempo, ideia de alguns tubarões da nomenclatura, que viam naquele local como ideal para lograrem os seus intentos em prejuízo da população. Quando o projecto foi depositado para efeitos de análise na Assembleia Municipal, por diversas vezes, os dirigentes daquele órgão, foram chamados pelos proponentes, a fim de deixarem passar o projecto.
Quer dizer, houve lobbys a todos níveis, para que a AM avançasse com o projecto, ignorando todas regras da postura municipal assim como as leis ambientais. Mas como este projecto não era visto com bons olhos por parte do executivo, neste caso o Concelho Municipal da Cidade de Quelimane, este também foi pressionando o órgão legislativo para que não aprovasse. Era pressão de todo lado. O presidente da AM de Quelimane, Afonso João e seu colectivo, ficaram alguns dias a corda bamba.
Porque por um lado era a nomenclatura que estava a espera dum SIM da Assembleia, e por outro, estava a edilidade que esfregava e rangia dos dentes a espera dum NÃO. No final do dia, isto numa Sessão extraordinária realizada na semana finda com objectivo único de aliasar este projecto, os membros daquele órgão, acabaram dizendo NÃO bombas no jardim da Sagrada e o projecto vai ao lixo.
Pio Matos aplaude
Como dissemos nos parágrafos anteriores, este projecto se foi depositado pelo edil Pio Matos a AM, foi apenas para cumprir com as normas. Mas no seio dele, estava em causa um futuro negócio, provavelmente quando terminar o mandato. Sabe-se que o edil Matos, comprou (como ninguém sabe), as instalações da antiga MECANAGRO. Naquele local, haviam bombas de reabastecimento e outros serviços. Dai que a todo momento, o edil poderá reactivar aqueles serviços na MECANAGRO.
Então, se o projecto da instalação de estacão de serviços no jardim da sagrada efectiva-se, o negócio na MECANAGRO ficaria barrado, visto que Sagrada Família está na entrada da cidade de Quelimane. E com esta decisão, se por um lado os munícipes saem a ganhar, também o edil de Quelimane, certamente que festeja, mas nas escondidas porque ele sabe de quem era o projecto da transformação do jardim da sagrada em estação de serviços.