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Combate à pobreza urbana está na liderança e cidadania

O Presidente da República de Moçambique, Armando Emílio Guebuza, disse que o segredo do sucesso na luta contra a pobreza urbana está na capacidade de liderança, perserverança e criatividade e, acima de tudo, na capacidade de buscar soluções inovativas e novas oportunidades, transformando situações desfavoráveis em situações vantajosas para o município.

Guebuza enalteceu o papel desempenhado pelas associações, cooperativas e outros modelos de organização social como plataformas propiciadoras da conjugação de sinergias e do incremento da consciência de pertença que, por seu turno, também, concorrem para o crescimento da consciência dos munícipes relativamente à necessidade de pugnarem pela criação e defesa das referências positivas do seu município.

Neste processo, os cidadãos têm ainda a oportunidade soberana de participar , de forma directa, no enriquecimento da governação e prestar o seu apoio na resolução dos muitos e complexos problemas que o município enfrenta. Disse.

O Presidente da República, que discursava na abertura da VII Reunião Nacional dos Municípios que decorre até quarta-freira na cidade de Nampula, disse que a ocupação desordenada do solo urbano, conjugada com as mudanças climáticas do planeta, concorrem para o deficiente saneamento do meio, sobretudo ao nível dos centros urbanos.

Para contornar alguns deses cenários, Guebuza instou aos órgãos municipais no sentido de adoptarem o lema “Cólera Zero” nas respectivas áreas de jurisdição como forma de prevenir os sistemáticos surtos de epidemias que preocupam o país.

E ao recomendar as autoridades municipais para encararem a facilitação do acesso dos munícipes a talhões como condição fundamental para a ocupação ordenada do espaço territorial e como forma eficaz de urbanização, incluindo a criação organizada de novos assentamentos humanos, o Chefe do Estado referiu que ela deve ser vista como uma forma potencialmente eficaz de luta contra a pobreza urbana. Nós defendemos –sublinhou que, tanto nos territórios autárquicos como nos 128 distritos do país, as autoridades locais devem empenhar-se na atracção e realização destes investimentos de carácter social de grande alcance.

O nosso governo continuará a fazer a sua parte em apoio ao desenvolvimento institucional dos municípios e, em particular, em apoio aos seus programas de luta contra a pobreza. Referiu Armando Guebuza perante cerca de 200 participantes ao encontro.

A VII Reunião Nacional dos Municípios, que decorre sob o lema: “ Por uma Gestão Participativa e Inclusiva dos Municípios”, está a fazer o balanço sobre o processo de autarcização em Moçambique e seus principais desafios e oportunidade, para além de dar a conhecer os instrumentos que regem o funcionamento da administração autárquica.

De estranhar, no entanto, a ausência no encontro de Daviz Simango, presidente do Concelho Municipal da Beira, província de Sofala, que nas últimas eleiçoes autárquicas concorreu como independente.

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