As autoridades quenianas interceptaram mais de duas toneladas de presas de elefantes e chifres de rinocerontes que seriam exportados para a Malásia. A maioria das presas pareciam ter sido coletados de cerca de 150 elefantes mortos naturalmente, e o Serviço de Vida Selvagem do Quênia (KWS, na sigla em inglês) disse ainda iria determinar a origem do material.
“O carregamento, que tinha uma falsa declaração dizendo conter apenas abacates frescos, foi embalado em 12 caixas de madeira, o que acionou o alerta vermelho devido ao modo de embrulhar, peso e destino”, disse o KWS em comunicado nesta segunda-feira.
Dentro das caixas, estavam 317 presas de elefantes e cinco chifres de rinocerontes.
Só neste ano, as autoridades interceptaram contrabando de animais selvagens na Tailândia, Vietnã e Hong Kong, disse o KWS.
“Recentemente, casos de tráfico ilegal de produtos de vida selvagem pelos portos do Quênia para destinos no Oriente Médio e Ásia têm sido foco de preocupação”, disse o KWS.
A caça ilegal de rinocerontes e elefantes tem aumentando. A caça ilegal de elefantes mais que dobrou, passando de 47 em 2007, para 94 em 2008, e 204 em 2009, segundo dados do organismos. Já a caça ilegal de rinocerontes quase triplicou, passando de cinco em 2008 para 13 em 2009.
Cerca de 200 a 300 elefantes morrem naturalmente no Quênia por ano.
O país, destino africano de safaris, tem se oposto ao fim da proibição de 9 anos da venda de marfim, acordo firmado em 2007 soba a Convenção de Comércio Internacional de Espécies em Perigo. Alguns países africanos com uma população crescente de elefantes quer que o comércio seja retomado, mas o Quênia alega que isso ameaçaria sua população de 38 mil elefantes.
O leste da África ainda se recupera da caça ilegal extensaiva nos anos 1960 e 1970, antes da proibição internacional.