A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, Unesco, assinalou esta segunda feira o Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e da sua Abolição. A celebração foi instituída em 1998 e pretende ser um momento em que se recorda a tragédia do comércio de escravos e da escravidão na memória de todos os povos.
Este ano, a Unesco organiza três encontros nos três continentes que integraram o triângulo do tráfico de escravos desde o século XIV até à sua abolição. Em África, na Nigéria, tem lugar o colóquio internacional “Escravatura, comércio de escravos e as suas consequências”.
No continente americano, em Trinidade e Tobago, acontece uma cerimónia de celebração do dia pela rede escolas associadas da Unesco. Por fim, na Europa, no Reino Unido, está em curso a iniciativa “Institucionalizar para lembrar”. Origem Além destas acções, a Unesco convidou todos os governos do planeta a assinalarem o dia com iniciativas que recordem o comércio de escravos e as suas consequências.
Foi na madrugada de 22 para 23 de Agosto de 1791 que aconteceu um motim entre os escravos de Santo Domingo, nas Caraíbas. O levantamento dessa madrugada é hoje reconhecido como um momento crucial na história da abolição do tráfico transatlântico de escravos. Durante os séculos em que durou, o comércio de escravos provocou a transferência de milhões de africanos para várias partes do mundo, para onde levaram as suas tradições culturais e ideias.
O comércio de escravos deixou uma marca persistente na formação das culturas e das civilizações do mundo.