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RAS: Fronteira com Moçambique sob controlo do exército

As fronteiras sul-africanas, incluindo a de Komatipoort, do outro lado do posto fronteiriço de Ressano Garcia, na província de Maputo, Sul de Moçambique, passam agora a ser controladas por unidades das Forças de Defesa da África do Sul (SANDF). O exército sul-africano começou a instalar as suas unidades a partir de Maio deste ano quando o governo, evocando motivos de segurança, decidiu retirar a polícia.

O diário sul-africano “Sowetan”, editado em Joanesburgo, diz que as tropas instaladas ao longo das fronteiras da África do Sul têm ordens de prender, deter, vasculhar e confiscar mercadorias, no quadro de uma operação destinada a combater actividades ilícitas no país.

Uma equipa de reportagem deste matutino esteve, há dias, nas fronteiras que a África do Sul partilha com Moçambique e Zimbabwe, tendo verificado que partes do arame farpado foram destruídas por grupos de imigrantes ilegais.

Mais de 60 quilómetros da fronteira entre Moçambique e África do Sul são intransitáveis, com tropas das SANDF a repararem a via, cujo arame está destruído por alegados contrabandistas de viaturas, gado bovino, entre outros produtos.

O Major-General, Barney Hlatshwayo, disse que desde Maio último, o exército deteve, ao longo da fronteira zimbabweana, mais de 15 mil imigrantes ilegais, sendo o grosso de contrabandistas de cigarros orçados em 22 milhões de rands.

Relativamente a fronteira com Moçambique, de acordo com aquele oficial do exército, deteve 761 estrangeiros, maioritariamente moçambicanos, foram detidos desde Maio último, recuperadas cinco viaturas, 20 cabeças de gado bovino e 20 quilogramas de drogas diversas.

Hlatshwayo acusou, a dado momento, a polícia de ter contribuído para a deterioração do arame separando a África do Sul dos dois Estados, que no passado impedia a movimentação de ilegais para a “Terra do Rand”, sob pretexto da busca de melhores condições de vida e emprego.

Ele indicou que estrangeiros destroem o arame para poder atravessar para o lado sul-africano.

Hlatshwayo defendeu a necessidade do reforço com mais unidades do exército e uso da força de cavalaria, canina, uma vez que grandes contingentes de ilegais continuam a assediar as fronteiras.

Revelou que uma vez restabelecido o arame farpado, a África do Sul voltará a electrificar as fronteiras, de forma a impedir a entrada de ilegais no país.

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