A população de Mapulanguene, província de Maputo, Sul de Moçambique, exige a reabertura do posto fronteiriço entre aquele posto administrativo e a África do Sul. Segundo a população daquele ponto do distrito de Magude, o encerramento do posto fronteiriço está a agravar a escassez de diversos produtos essências à sua subsistência.
O problema foi levantado Sábado último num comício popular orientado pela Presidente da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, Verónica Macamo, na sequência da visita de trabalho de dois dias que efectuou Sexta e Sábado últimos a Magude.
O posto administrativo de Mapulanguene dista a cerca de 100 quilómetros, por estrada de terra batida, da vila sede de Magude, contra os pouco mais de dez quilómetros em relação a fronteira com a África do Sul.
Actualmente, a população de Mapulanguene é forçada a percorrer cerca de 300 quilómetros de estrada para transpor a fronteira com a África do Sul, via posto fronteiriço de Ressano Garcia, mais a Sul.
Verónica Macamo, que reconhece a legitimidade do pedido afirma, porém que a reabertura tem as suas implicações porquanto a zona é uma reserva da fauna bravia.
Com efeito, do outro lado da fronteira localiza-se uma das principais reservas faunísticas da África e do mundo, o Kruger Park.
As próprias populações de Mapulanguene queixaram-se, na ocasião, da acção feroz dos animais bravios que pululam na zona.
De 2009 a esta parte, pelo menos sete bovinos, quatro caprinos e um ovino foram devorados por leões em Mapulanguene, para além da destruição de culturas alimentares por elefantes.
O nome de Mapulanguene surgiu na sequência da existência naquela zona de muitos leões, o que obrigava os mineiros a fazerem camas, encima das árvores, com recurso a tábuas quando voltavam ou iam a África do Sul.
Em changana, uma língua predominante no Sul de Moçambique, Mapulanguene significa tábuas.