O Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, convocou na quinta-feira o Conselho de Estado que, entre outros assuntos, teve como agenda a analise das realizações do Plano Quinquenal do governo.
Antes do encontro, que teve lugar no seu gabinete de Trabalho, em Maputo, foram empossados para aquele órgão o Arcebispo, Dom Alexandre dos Santos, e Graça Machel, aos quais, a semelhança dos outros membros, foram convidados pelo Presidente a envolverse na construção do país. Falando a jornalistas durante o intervalo da reunião, Graça Machel, viúva do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, considerou de “muito boa” a sensibilidade do chefe Estado moçambicano ao convocar o encontro que, segundo ela, visa aperfeiçoar a implementação do Plano Quinquenal do governo.
“O Presidente não é obrigado pelo Conselho de Estado e se nos reunimos hoje é por causa da sua boa sensibilidade quanto a questões que preocupam o país”, disse. Instado pelos jornalistas a fazer os seus comentários sobre a reunião, Dom Alexandre dos Santos, afirmou que aquele órgão precisa de manter uma “forte” ligação com o Estado dado aos desafios que enfermam o país. O Conselho de Estado, órgão que aconselha o Presidente da Republica no exercício das suas funções, integra figuras de renome no mapa político e da sociedade civil de Moçambique, como o antigo Presidente moçambicano, Joaquim Chissano e ex-Primeira-Ministra, Luísa Diogo.
O líder da Renamo, o principal partido da oposição no país, Afonso Dhlakama, que é também membro do órgão, não esteve presente nesta reunião. Pronunciando-se acerca da ausência de Dhlakama, António Muchanga, da Renamo, disse que a mesma reflecte os resultados das eleições gerais de Outubro último, nas quais a sua organização as considerou de fraudulentas e injustas.