O Presidente zambiano, Rupiah Banda, visitou, na quinta-feira, o Porto da Beira, na capital da província de Sofala, no centro de Moçambique, para verificar no terreno as condições especificas que aquela infra-estrutura reúne para poder jogar papel fundamental no escoamento de produtos de e para aquele pais africano.
Banda que se deslocou a Beira na companhia do ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, garantiu que a Zâmbia está interessada em unir esforços com Moçambique para tornar o porto da Beira não só para negócios como também complemento das boas relações de cooperação entre os dois países.
“Juntos temos que transformar o porto da Beira um instrumento de cooperação através do qual os zambianos vão aprender e conhecer a história que liga os dois países e povos. Os zambianos conhecem Moçambique entanto que país do mundo. Temos que passar a falar da Zâmbia, Beira e Moçambique, no âmbito do desenvolvimento”, disse.
Banda reiterou que a Zâmbia está interessada em expandir o uso dos portos marítimos moçambicanos de tal forma que já projectou a construção de uma linha férrea ligando a Zâmbia e o Zimbabwe e outra ligando a Zâmbia, Tete e Nacala, entre outras infra-estruturas necessárias para poder se beneficiar do potencial de que Moçambique dispõe e reduzir os custos na importação e exportação de bens.
Na ocasião, Paulo Zucula, disse que o objectivo da visita de Banda ao porto da Beira é, antes de tudo, ver como é que esta infra-estrutura está a funcionar para, daí, poder estudar as formas de como prestar apoio para o seu desenvolvimento logístico e equacionar a viabilidade da sua utilização de modo sustentável para o bem do desenvolvimento regional.
“A Zâmbia começou a usar o porto da Beira há já algum tempo e só havia interrompido durante a guerra dos 16 anos e retomou agora e usa-o para a colocação, de cobre, açúcar, entre outros produtos no mercado internacional mas entende que pode usa-lo muito mais para aumentar o volume de suas exportações”, disse Zucula.
Esta iniciativa, segundo Zucula, vai trazer mais receitas e mais postos de emprego para Moçambique e consolidar a integração regional. Para acomodar os interesses de seus clientes a Cornelder de Moçambique, concessionaria daquele porto fez saber que possui um plano de investimento para os próximos cinco anos com vista a expandir terminal de contentores aumentando a sua capacidade e equipa-lo com tecnologia moderna.
O porto da Beira pode vir a ser uma saída relativamente curta para as exportações da Zâmbia que actualmente dependem do Porto de Durban, na Africa do Sul percorrendo 2.381 quilómetros de estrada.