O sector de Educação e Cultura, em Nampula está à procura das causas reais que ditaram o baixo aproveitamento pedagógico no primeiro semestre deste ano, em todos os sub sistemas de ensino. Segundo Páscoa de Azevedo, directora provincial da Educação e Cultura, no ensino primário do primeiro grau, houve um decréscimo percentual de 1.5 por cento, enquanto no ensino primário do segundo grau registou-se uma redução na ordem de 1.2 por cento.
Para a directora de Educação e Cultura, a situação tornou-se mais preocupante no ensino secundário do primeiro e segundo ciclos, com uma percentagem de redução de 12.6 e 16.2 por cento, relativamente a igual período de 2009.
Páscoa de Azevedo considera que a falta de abnegação por parte de alguns professores no exercício da sua actividade e a fraca aplicação dos alunos nos estudos constituem algumas das prováveis causas.
Discursando na abertura do 6º Conselho Coordenador Provincial do sector, que decorre, desde ontem na capital provincial, aquela dirigente defendeu, igualmente, a promoção de campanhas sobre o combate à corrupção, e de incremento da alfabetização e educação de adultos, para além da melhoria de infra-estruturas escolares.
Na altura, Páscoa de Azevedo falou das principais acções realizadas no período que decorreu entre o 5º Conselho Coordenador Provincial realizado em Setembro a esta parte, bem como aquelas que constavam do Plano Económico e Social (PES) de 2009, no domínio da Educação e Cultura. Em termos do número de alunos inscritos no presente ano lectivo, os dados da Direcção Provincial apontam para uma ligeira evolução, acontecendo o mesmo em relação às estruturas escolares. A outra questão de realce prende-se com a massiva participação da mulher jovem e adulta no processo educativo.
O Secretário Permanente Provincial , António Máquina, que presidiu à cerimónia de abertura do encontro, apelou aos funcionários da Educação e Cultura, particularmente aos professores, para uma maior responsabilidade no exercício das suas actividades, de modo a garantir a qualidade de ensino.
Citando um docente universitário, Máquina comparou a profissão de economista ou do professor à do médico, referindo que o erro do médico pode resultar na morte de uma pessoa de cada, enquanto o economista ou o professor mata uma geração inteira.
O Secretário Permanente de Nampula defendeu, igualmente, a necessidade de se prestar uma atenção especial aos recursos humanos, cujos gestores devem ser indivíduos com certa dinâmica. Para aquele dirigente, os gestores de recursos humanos são responsáveis por todas as questões administrativas e a quem compete explicar aos funcionários do Estado sobre os seus direitos e deveres.
Refira-se que o evento, que decorre sob o lema “Por uma Educação e Cultura de Qualidade”, termina na próxima Sextafeira.
