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Greve na África do Sul paraliza função pública

Trabalhadores sul-africanos do sector público começaram esta quarta-feira uma greve por tempo ‘indefinido’, um dia depois de terem rejeitado uma proposta do governo de aumento salarial. Na semana passada os trabalhadores filiados à Cosatu, a principal federação sindical da África do Sul marcharam pelas ruas de Pretória e Capetown exigindo 8,6% de aumento na sua remuneração, reivindicação que foi entregue às autoridades.

A paralização que hoje começou vai afectar muitas escolas, hospitais e repartições públicas. A polícia, professores, médicos e enfermeiros estão exigir, para além do aumento salarial, subsídios de habitação, e outros benefícios. O governo aumentou a sua oferta para 7%, mas esta foi rejeitado pelos sindicatos, no final de negociações que se prolongaram até à noite desta terça-feira.

A coligação de sindicatos em greve representa um número estimado de 1,3 milhões de trabalhadores do sector público, incluindo o gabinete do governo e funcionários judiciais. Um porta-voz da Cosatu, foi citado como tendo dito que 90% desses trabalhadores poderiam participar na paralização desta quarta-feira.

Sob pressão

Os sindicatos que representam os professores e enfermeiros foram os primeiros a anunciar que iriam participar na greve. O Governo tem vindo a exortar as pessoas a voltarem para a escola, mas muitos alunos devem permanecer em casa esta quarta-feira, depois de terem recebido instruções nesse sentido dos seus professores. Serviços mínimos de saúde e policiamento devem continuar a funcionar, com funcionários considerados essenciais proibidos de participar em greves.

No entanto, numa township de Joanesburgo, a polícia foi chamada para tentar romper um piquete de greve que estava a impedir pacientes e profissionais de saúde de entrar nas instalações. A África do Sul tem sido palco de uma onda de greves nos últimos anos, embora os sindicatos tenham alertado que esta última greve poderia ser a maior dos últimos tempos, pois é por tempo indeterminado.

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