O Programa Mundial da Alimentação (PMA) conduziu na terca-feira, em Maputo, uma cerimónia de agradecimento ao Governo do Japão pela assistência nas respostas de emergência em curso nas três regiões do país.
Ao longo dos últimos meses, o PMA tem estado a distribuir ajuda alimentar acerca de 130.000 pessoas afectadas pelos choques climáticos, órfãos e pessoas vivendo com HIV/SIDA, facto tornado possível graças a uma doação de 1,5 milhões de dólares feita pelo governo nipónico, em Fevereiro último. O montante foi usado para a compra de 2.000 toneladas métricas de cereais, legumes, milho e soja fortificada de produção local.
Esta ajuda, segundo a representante do PMA em Moçambique, Lola Castro, foi vital e oportuna, pois está a minorar o sofrimento de órfãos e seropositivos e reduziu os efeitos da seca, principalmente nas províncias do centro e sul do país. “Esta doação da Embaixada do Japão foi vital e oportuna, pois está a garantir o bom andamento do PMA nas acções de apoio às comunidades em situação de risco”, disse Castro.
Lola acrescentou que, apesar deste lote de alimentos comprados ter ainda um défice de oito mil toneladas, a distribuição pelas zonas mais afectadas do país (centro e sul) está a ser um sucesso. Por seu turno, o representante da embaixada japonesa, Kazuo Yamakazi, disse que o seu país olha para a assistência alimentar como um dos meios mais eficazes para cristalizar o conceito de segurança alimentar humana.
“O governo do Japão não só presta ajuda alimentar directamente a Moçambique, mas também o faz bilateralmente através do PMA. A alimentação é a base para a saúde e para o trabalho e apreciamos bastante as actividades do PMA em Moçambique, porque tem muita presença nesta área de ajuda alimentar”, disse Yamazaki.
Outra parte destes alimentos é distribuída por via de um programa denominado “food for work” (trabalho para comida), uma iniciativa do PMA que visa preservar os bens essenciais e de apoio à subsistência em casos de emergência, por exemplo, durante condições meteorológicas extremas.
O PMA continua a promover compras locais como a chave para o desenvolvimento sustentável do mercado e redução do risco e de desastres naturais em Moçambique. Com sua sede em Roma e escritórios em mais de 80 países, o PMA é a maior agência humanitária do mundo que fornece em média a cada ano, alimentos a 90 milhões de pessoas, incluindo 58 milhões de crianças. As acções do PMA ajudam pessoas incapazes de produzir ou obter alimento suficiente para si e para suas famílias.