Realizou-se nos dias 2 a 8 do passado mês de Novembro, em Maputo, o festival de dança contemporânea denominado Kinani, uma palavra em Changane que literalmente significa “Dancem Ai” .
O festival, então designado por Plataforma de Dança Contemporânea, contou com a participação de 24 companhias de dança de vários países, nomeadamente Moçambique, Portugal, Nigéria, Espanha, Áustria, Congo, Ilhas Reunião, França, Bélgica, Marrocos e África do Sul.
O festival Kinani teve a sua abertura na Fortaleza, onde na ocasião o grupo Culturarte deu a conhecer ao publico, através de uma performance, “uma reflexão sobre o relacionamento muitas vezes desumano em que vivem as sociedades contemporâneas, desde preconceitos rácico, género, crença e religião, e remove as diferenças recolocando-as num Mundo co-habitável e interdependente.”
As companhias de dança que representaram Moçambique neste evento que ocorreu em locais como CCFM, Teatro Avenida, Cine África e Teatro Gungu, foram o Projecto 6, Companhia Nacional de Canto e Dança, Projecto Macuácua, Projecto Macário, Edna Jaime e Catia Manjate, Nilza Laice, Elizângela Rassue, Culturarte, Esculturas Humanas e Projecto Independente. Importa referir que o espectáculo teve cerca de 32 apresentações de dança.
Para além da dança, decorreu também em paralelo um programa de formação de jornalistas culturais em matérias relacionadas com a cobertura e crítica de dança. Este festival produzido pela empresa Lodini e as Produções Técnicas tiveram apoio de varias empresas moçambicanas, designadamente Logaritmo, Centro Cultural Franco Moçambicano, CNCD, Teatro Avenida, Casa Velha, Teatro Gungu, Projecto Cuvilas, Cine África, ISPO, Escola Secundária Francisco Manyánga e Escola Secundaria Josina Machel. Nestas escolas foram distribuídas mais de 500 credenciais que davam acesso livre aos estudantes.
Refira-se que a dança contemporânea busca uma ruptura com o ballet, deixando de lado os sapatinhos das bailarinas e dando mais importância à transmissão de sentimentos, culturas, ideias, pensamentos, movimento livre do corpo. Igualmente importa mencionar que esta dança é bastante interessante, uma vez que qualquer pessoa pode praticá-la, não tendo qualquer tipo ou estilo de roupa que a caracteriza, deixando a pessoa livre de vestir o que quiser, compor a música e dançar a seu gosto.