Foi um final de época em cheio para o Ferroviário de Maputo, com as conquistas do Moçambola e da Taça de Moçambique mcel a darem a resposta certa, na hora certa, às oscilações de rendimento dos homens de Chiquinho Conde durante o ano.
Aquela que foi, a larga distância, a melhor equipa da temporada 2008/09 (e uma das melhores das últimas duas épocas) está diferente. Menos espectacular, devido às dificuldades de integração de uma nova filosofia e à forma intermitente de Hagyi, o Ferroviário mantém os traços de identidade que o tornam um caso à parte. Acima de tudo, mantém a circulação rápida da bola, com Whisky no centro de um carrossel inteligente a que Danito Parruque, Hagy e Mendes dão amplitude. Se o jogo com o Desportivo não se resolveu cedo e não deixou bem patente a diferença de patamar entre as duas equipas, tornando secundárias as baixas de Nelson e Secanhe, já o triunfo sobre o Costa do Sol mostrou a outra face da equipa.
A forma como se libertou das amarras tácticas impostas pelos pupilos de João Chissano na primeira parte, e como, mesmo em vantagem, soube gerir os dois golos sem perder o controlo da bola é um bom exemplo do que este Ferroviário, menos sedutor do que na época passada, está mais maduro e objectivo. E tem uma dimensão colectiva que o Costa do Sol, apesar de todas as suas estrelas, continua muito longe de mostrar.
Os títulos do Ferroviário
Inicialmente, a tradição era um título de sete em sete anos. Depois, passou a ser de três em três. Agora vai pegar a moda dos “bi”? Eis a lista: 1982; 1989; 1996; 1997; 1999; 2002; 2005; 2008 e 2009