“O álcool é o calcanhar de Aquiles de quase metade dos estudantes da UEM” considerou Nelson Maquile, numa palestra realizada na faculdade de Medicina da UEM em Maputo, na sequência das celebrações do décimo oitavo aniversário da AEU-UEM.
Maquile chegou a essas conclusões com base num estudo sobre a matéria que constatou que 49% dos estudantes da UEM são bebedores problema.
Com o título “A bebedeira e o perfil dos estudantes da UEM: Consumidor de risco, dependente ou alcoólatra” o estudo reuniu uma amostra de 100 entre 1000 e 2000 estudantes das residências universitárias, a maior parte com 27 anos dos quais 30% do sexo feminino Outras constatações e resultados dão conta de que, nesse universo, 50% dos estudantes pertencem ao grupo dos consumidores de risco; 35% dos dependentes e 14% são alcoólatras. Neste último, 36% são mulheres e 64% homens, a maior parte deles “solteiros”.
As residências universitárias 6 e 7, vulgarmente conhecidas por Tangará, registaram 30% de consumidores assumidos. Face ao cenário, o orador explicou que a tendência é causada por várias razões, destacando-se, entre elas, a falta de actividades culturais e desportivas nos meandros universitário, como também por razões pessoais.
Nesse ângulo, a fonte adiantou que muitos estudantes inquiridos justificaram a postura pelo facto de o álcool contribuir para o combate ao stress, promover um estado afectivo agradável, como também os ajuda a viverem na utopia de bem-estar e, por último, por aumentar a actividade e o desejo sexual.