O turismo na Ilha de Moçambique está, desde finais de Julho passado a esta parte, a atravessar um dos seus melhores momentos devido ao fluxo de turistas, sobretudo estrangeiros que ocupam por completo os 37 estabelecimentos hoteleiros, incluíndo algumas residências de particulares solicitadas para fazer face à procura de alojamento.
De acordo com Naimo Abdul Satar, director do sector do turismo na Ilha de Moçambique, apesar das temperaturas relativamente baixas dos últimos tempos, tem se registando um fluxo significativo de turistas, sobretudo europeus e americanos, na primeira capital do país, com 138 anos desde que foi elevado à categoria de cidade. O período médio de permanência de cada turista que procura na Ilha de Moçambique o seu local predilecto para o lazer é de três dias, segundo aquele responsável.
Naimo Satar referiu que nos últimos 40 dias um total de 2.097 turistas, dos quais 414 nacionais, escalaram a Ilha de Moçambique, com pernoita de um dia, de acordo com dados estatísticos do sector local do turismo. No entanto, o entrevistado referiu que aquele número não reflecte inteiramente a verdade porquanto há turistas que escalam aquela cidade histórico-cultural, onde chegam a permanecer uma semana hospedados em casa de parentes ou amigos, além de habitações arrendadas a particulares que exploram o turismo doméstico para sua sobrevivência.
Quisemos saber do nosso entrevistado quais os principais motivos de interesse que concorrem para que os turistas se sintam atraídos a visitar a Ilha de Moçambique mesmo não tendo boas praias para o lazer, ao que nos respondeu com uma recordação segundo a qual aquela cidade é, desde 1991, património histórico da humanidade, título atribuído pela Agência das Nações Unidas para a Ciência Educação e Cultura ( UNESCO).