Seis indivíduos foram detidos pelas autoridades policiais moçambicanas no distrito de Mueda, província nortenha de Cabo Delgado, acusados de corte, transporte e exportação ilegal de madeira em áreas protegidas. Trata-se de quatro cidadãos de nacionalidade tanzaniana e dois moçambicanos.
O grupo foi surpreendido pela polícia, nas margens do rio Rotula, quando tentava baldear de um barco para um outro um total de 566 tábuas e 87 pranchas, o equivalente a 19,5 metros cúbicos de madeira. O produto ia ser exportado ilegalmente para a vizinha Republica da Tanzânia.
O produto do saque, assim como os camiões utilizados na operação, encontramse aprisionados no posto administrativo de Negomano, distrito de Mueda. A madeira apreendida, segundo anunciou a RM, reverte a favor do Estado, enquanto os meios circulantes aprisionados só serão entregues aos respectivos proprietários depois do pagamento das multas. Alberto Augusto, funcionário do turismo em Pemba, a capital provincial, disse que as autoridades estão alarmadas não só com a “desenfreada delapidação” da madeira, maior parte com grande valor comercial, como também com a caça furtiva.
Segundo Augusto, a caca furtiva praticada por estrangeiros com conivência dos moçambicanos esta a reduzir drasticamente os animais bravios naquela parcela do país. “Já não se vêm animais de pequeno, médio ou grande porte”, disse a fonte. A fiscalização e combate enfrentam uma série de dificuldades, sendo, a principal, a falta de meios de transporte para a equipa multi-sectorial movimentar-se nas zonas onde o corte da madeira e a caça furtiva ocorrem. “Dispomos de um todo terreno em péssimo estado mecânico.
Assim é difícil trabalhar, mesmo conhecendo os pontos de corte e trilhos por onde passa a madeira”, disse Albertino Augusto. Negomano é uma região de difícil acesso situada no extremo norte da província de Cabo Delgado, conhecida por possuir riquíssimas reservas de madeira e fauna bravia.