O Banco de Moçambique (BM), o emissor, passa a partir de agora a disponibilizar dinheiro para o pagamento das facturas de importação e de combustíveis que outrora eram suportados pelos bancos comerciais. Falando Sexta-feira ultima, em Maputo, a margem da assinatura do acordo de financiamento para área da Educação, o Governador do Banco Central, Ernesto Gove, disse pretender-se com esta medida aliviar a banca comercial da grande pressão que os combustíveis estão a exercer sobre o mercado cambial.
Segundo Ele, para o presente ano, Moçambique vai despender, na importação de combustíveis, cerca de 550 milhões de dólares norte-americanos, contra os 328 milhões de dólares gastos no ano passado (2009). “ O facto é que a medida que o tempo vai passando vamos identificando outros constrangimentos. Tem que se ter clareza do que deve ser feito tanto por parte do Governo como dos agentes económicos”, disse Gove.
Ernesto Gove disse ainda que o banco central continua a custear as despesas inerentes a importação de bens essenciais para o funcionamento da economia. “Estou satisfeito porque apesar de as exportações terem registado uma queda em 2008/09, actualmente entraram numa fase de recuperação pelo que acredita que rapidamente o país voltará a alcançar a estabilidade desejada”, explicou Gove.
Na ocasião, Gove apelou aos agentes económicos e a população em geral para que transforme os actuais desafios em oportunidades para a identificação de novas áreas de produção. “Temos que olhar mais para a agricultura porque neste momento estamos a importar praticamente tudo da Africa do Sul quando dispomos de cerca de 36 milhões de hectares de terra arável.
Temos que pegar nesta vantagem e substituir as importações sobretudo das hortícolas”, apelou Gove. Ernesto Gove garantiu que o Banco de Moçambique continua a acompanhar, com serenidade, as medidas que estão a ser implementadas em prol de um desenvolvimento económico são do país.
