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Superliga: campeão derrotado pela Académica

Superliga: campeão derrotado pela Académica

Benfica iniciou o campeonato português de futebol da pior forma. Depois da derrota frente ao FC Porto, para a Supertaça, o campeão nacional começou ontem na perder, agora frente à Académica, no Estádio da Luz (2-1). Sem Luisão, Jorge Jesus deu a titularidade a Sidnei e foi o defesa brasileiro quem falhou no primeiro golo da Académica, marcado por Miguel Fidalgo.

O FC Porto vencu a Naval por uma bola a zero enquanto o Sporting perdeu frente ao Paços de Ferreira também por uma bola a zero. A Superliga é comandada pelo SP Braga que goleou o Portimonense por três bolas a uma.

O Benfica com um futebol muito previsível e nervoso não conseguiu reagir e foi para o intervalo a perder. O panorama alterou-se no segundo tempo. Jara entrou para o lugar de César Peixoto e a equipa da Luz melhorou muito, beneficiando ainda da expulsão do defesa ganês da Académica David Addy. O golo do empate chegou com naturalidade: um cruzamento de Coentrão que Jara respondeu da melhor forma. Já em período de descontos, Laionel levou os adeptos do Benfica ao desespero, com um golo muito bonito, que deu a vitória à equipa de Jorge Costa

Penálti duvidoso deu triunfo ao FC Porto

André Villas-Boas tinha toda a razão quando alertou para o facto de a sua equipa poder dar azo a alguma falta de concentração e motivação na Figueira da Foz. Os dragões estiveram a quilómetros de distância da exibição evidenciada em Aveiro, na Supertaça, e sobretudo na primeira parte revelaram- -se presas fáceis para uma Naval que surpreendeu pela positiva e merecia mais.

Perante um FC Porto muito apático e desconcentrado, o onze do francês Zvunka aproveitou para mostrar qualidades atacantes e, disposto em 4x2x3x1, obrigou Helton a cotar-se como a figura da partida, ao ponto de o capitão portista ter negado por duas vezes um golo que se adivinhava mas que nunca chegou. E quando o guardião brasileiro parecia também ele impotente apareceu Álvaro Pereira a fazer de central e a impedir que Previtali (aos 77) atirasse para o fundo das redes, gorando-se neste lance a melhor oportunidade da Naval após o intervalo. O lateral uruguaio redimiu-se assim na etapa complementar de 45′ iniciais irreconhecíveis, bem explorados pela dupla Carlitos/João Pedro.

Enquanto tiveram condição física, os donos do corredor direito da Naval desequilibraram a balança e obrigaram os visitantes a recuar bastante no terreno, o que prejudicou de sobremaneira as transições atacantes, tornando infrutífero o esforço de Belluschi e de Moutinho para escaparem à tremenda capacidade de marcação evidenciada por Godemèche e pelo magnífico Alex.

Villas-Boas, com meia-hora por jogar, não quis esperar mais e face ao atrevimento dos anfitriões (e à eficácia revelada por estes nos corredores) deu mesmo ordens a Guarín para alterar o sistema e fomentar o 4x4x2 losango na sequência da troca com o trapalhão Varela. Essa mudança coincidiu finalmente com a melhor fase do FC Porto e Hulk, aos 67′, após passe do recém-entrado Guarín, desperdiçou uma soberana oportunidade para inaugurar o marcador.

O “Incrível” acabaria por decidir os acontecimentos num penálti duvidoso (mão de Jonathas?), mas o golo de Hulk não chegou para esconder uma actuação preocupante e que obrigou Souza a entrar na etapa final. Como diz Villas-Boas, no futebol passa-se rapidamente de bestial a besta…

Quinze anos depois, o Sporting volta a perder na 1.ª jornada, frente a irreverente Paços

A melhor equipa do mundo para Paulo Sérgio estreou-se na Liga com uma derrota em Paços de Ferreira, num jogo em que só esteve presente durante a primeira parte – período em que até poderia ter resolvido o jogo, reconheça-se. Só que para isso o novo técnico leonino teria de ter uma dupla de avançados inspirada, o que não foi claramente o caso de Liedson e Postiga.

Os leões não “mataram” e depois viram, aos poucos, crescer uma equipa de miúdos atrevidos, como Bura, Caetano, David Simão e Rondon, que se foram desinibindo e colocando a nu que este Sporting, versão Paulo Sérgio, ainda tem muito caminho a percorrer até atingir um nível aceitável. Falta-lhe alguém que pense e dê ritmo à equipa, algo que Maniche não foi ontem capaz de fazer. Com o resultado a zero ao intervalo, o treinador leonino tirou o inconsequente Valdés e lançou Vukcevic, mudando o sistema táctico de 4x4x2 para 4x3x3.

Foi uma decisão que se revelou um fracasso, pois a equipa perdeu ainda mais dinamismo e tornou-se confusa. Quem se aproveitou do desnorte sportinguista foram os pacenses. A alegre e irreverente equipa de Rui Vitória pegou então no jo-go, com um estilo quase de rua, e criou cada vez mais problemas a Rui Patrício e à sua defesa. Rondón acabou por marcar o golo da vitória num lance igual a dois anteriores que o ponta-de-lança venezuelano falhou, um sinal claro da confusão de ideias dos leões.

O Sporting teve uma partida em falso na Liga 15 anos depois. A última vez havia sido por 1-2 no antigo Estádio das Antas, frente ao FC Porto, numa altura em que o treinador era Carlos Queiroz.

 

Resultados da 1ª jornada:

Sp. Braga – Portimonense 3-1

Marítimo – V. Setúbal 0-1

Naval – FC Porto 0-1

Paços Ferreira – Sporting 1-0

Rio Ave – Nacional 0-1

Beira Mar – U. Leiria 0-0

Benfica – Académica 1-2

Olhanense – V. Guimarães 0-0

 

Classificação:

1 – Sp. Braga 3 pontos/ 1 jogo

2 – Académica 3/ 1

3 – P. Ferreira 3/ 1

4 – V. Setúbal 3/ 1

5 – Nacional 3/ 1

6 – FC Porto 3/ 1

7 – Beira Mar 1/ 1

8 – U. Leiria 1/ 1

9 – V. Guimarães 0/ 1

10 – Olhanense 0/ 1

11 – Benfica 0/ 1

12 – Marítimo 0/ 1

13 – Sporting 0/ 1

14 – Naval 0/ 1

15 – Rio Ave 0/ 1

16 – Portimonense 0/ 1

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