O presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique (FDGM), Hermínio dos Santos, acusado de desobediência qualificada, compareceu na ultima terca-feira em sede do Tribunal Judicial do distrito Urbano Número Sete, bairro da Machava, província meridional de Maputo.
O líder do fórum dos desmobilizados é acusado de ter ignorado, por quatro vezes, o mandato para comparecer na Polícia de Investigação Criminal (PIC), para explicar a intenção por detrás das prometidas manifestações pacíficas.
Porém, a juíza do tribunal judicial decidiu restituir a liberdade a Hermínio dos Santos por falta de matéria criminal para o manter sob custódia.
Augusto Múrio, membro do fórum, citado hoje no bloco noticioso da STV, televisão independente, disse que a notificação foi feita telefonicamente por um indivíduo que, na altura da chamada, se identificou pelo nome de Maússe, devendo, dos Santos, comparecer na PIC da cidade.
Os membros do fórum refutam categórica e energicamente todas as informações que pesam contra o presidente e prometem avançar com as prometidas manifestações, mesmo com o seu presidente sob custódia.
Hermínio dos Santos, que falou a imprensa a saída do tribunal, disse que o procedimento usado não era normal, porquanto ele foi combatente e desconhece as motivações para a sua presença em sede do tribunal.
“Esse procedimento não é normal, eu sou combatente e não sei porquê é que estou a ser chamado aqui”, disse Hermínio, acrescentando que desde a semana passada que está a ser chamado.
Apesar da actuação que os desmobilizados consideram intimidatória, afirmam que mesmo com o líder na cadeia vão realizar a manifestação com muita força.
João Simba, Secretário-Geral do FDGM, disse que “mesmo ontem travamos os desmobilizados, porque os outros membros queriam vir assaltar o local onde ele se encontra detido”.
