O Ministério moçambicano da Educação (MINED) tem vindo a assistir nos últimos tempos e com alguma preocupação a redução de financiamento por parte dos principais parceiros de cooperação.
Este facto está a obrigar o sector a repensar possíveis alternativas para honrar com os compromissos já assumidos.
Em 2009, o pelouro da Educação funcionou com cerca de 600 milhões de dólares e para este ano o “bolo” diminuiu em cerca de 20 porcento, segundo dados revelados por Manuel Rego, Director Nacional de Planificação e Cooperação e porta-voz do VI Conselho Coordenador do MINED que decorre desde a ultima Quartafeira na cidade de Quelimane, província central da Zambézia.
Segundo explicou ao “Noticias”, a redução do apoio está relacionada com a crise financeira mundial, o que obrigou a reorientação do financiamento.
Associado a isto esta o facto de os principais parceiros de cooperação veremse obrigados a especializar-se em determinadas áreas para as quais canalizam todo o financiamento. Assim, de acordo com a fonte, a prioridade para os doadores tem sido a Saúde.
Contudo, segundo Rego, o MINED está a trabalhar para evitar grandes implicações com essa redução, fazendo de tudo para que as Metas do Desenvolvimento do Milénio e outros compromissos do sector não sejam grandemente afectados.
No seu discurso de abertura, o Ministro da Educação, Zeferino Martins, sublinhou que os constrangimentos económicos que afectam todos os quadrantes do mundo apresentam-se como uma gigantesca barreira a transpor.
O outro desafio resulta do crescimento explosivo que o sistema apresenta, com reflexos na qualidade de ensino, o que exige esforços adicionais, capacidades, habilidades e competências para trabalhar, por exemplo, com turmas numerosas, algumas a funcionarem ao relento, e numa escassez de material didáctico.
Actualmente, o sector da Educação conta com seis milhões de alunos.
