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Tunduru à porta

A primeira edição do festival internacional multidisciplinar denominado Tunduru vai ter lugar nos próximos dias 27, 28 e 29 do mês em curso, em Maputo. Porém, o pontapé de saída já foi dado com a apresentação da exposição “Ruptura e Desconversão”.

Inspirado no Festival Internacional de Benicasim, Espanha, o “Tunduru” é uma iniciativa cultural que se pretende “uma janela aberta para as pessoas poderem explorar diversas manifestações artísticas” e espera-se que um pouco mais de 10 mil pessoas assistam ao evento nos dias 27, 28 e 29 de Agosto do ano corrente. O mesmo tem como objectivo principal criar espaço para que diferentes artistas possam mostrar o valor do seu trabalho e, em palcos abertos, as suas obras.

Aquele Festival Internacional de Artes terá a sua abertura no dia 27, às 19,00 horas, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, com o show denominado “Celebrando Fany Phumo e Alexandre Langa”. Estarão em palco grandes nomes da música moçambicana, nomeadamente Xidiminguana, Chico António, Hortêncio Langa, Wazimbo, António Marcos, João Cabaço, Arão Litsuri, Seth Swazi, entre outros.

Segundo a coordenadora de comunicação do Festival do Tunduro, Ilda Abdala, espera-se que o “Tunduru” seja o evento do ano. “Pretendemos fazer um festival de qualidade internacional, mas baseado na realidade moçambicana, daí a marca Tunduru”, disse o director do certame, Filimone Mabjaia, numa entrevista que concedeu ao nosso jornal no dia 21 de Maio último.

A escassos dias da cerimónia de abertura, o Festival Tunduru deu o seu pontapé de saída com a inauguração da exposição designada “Ruptura e Desconversão”, no passado dia 12, enquadrada no evento bienal “Expo Arte Contemporânea Moçambique”, organizado pelo Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique (MUVART), Museu de Nacional de Artes (MUSART) e, este ano, conta com a parceria e produção do “Tunduru”.

A exposição, que está aberta ao público a partir de hoje (sexta-feira) até ao dia 3 de Outubro próximo, visa a “troca de experiências entre os artistas participantes, a facilitação na circulação das produções actuais, possibilitando, deste modo, o conhecimento, a informação e o debate sobre a arte contemporânea”. Pretende-se também “estimular a sensibilização, a teorização e a produção da arte contemporânea”. Além disso, a exposição conta ainda com actividades paralelas, nomeadamente debates e palestras de artes entre os artistas participantes, convidados e o público em geral. Participam na mostra artistas de Angola, Brasil, Chile, Estados Unidos de América, Moçambique e Portugal. Ao todo, são cerca de 17, 10 dos quais moçambicanos.

Nesta primeira edição do Tunduru irão ser apresentadas diversas manifestações culturais com particular destaque para a música, o teatro, a dança, as artes plásticas, a gastronomia, o artesanato, o cinema e a exposição de livros.

Programa do Tunduru

O festival terá a duração de três dias e serão feitas apresentações gratuitas ao ar livre, ao longo da Avenida Samora Machel e, em simultâneo, haverá concertos cobrados em salas fechadas, com artistas nacionais e internacionais. Estes locais fechados irão acomodar o público que aprecia sítios íntimos.

No “Franco-Moçambicano”, a animação estará a sob a nau do conceituado músico costa-marfinense Aly Keita e do moçambicano radicado na vizinha África do Sul, João Cabral, isto quando forem 20h 30. Uma hora mais tarde, já na Fortaleza de Maputo, haverá apresentação de um vídeo onde passarão imagens do malogrado vocalista da banda Kapa Dêch, Tony Django – trata-se de um tributo a este artista falecido este ano. Seguir-se-á um espectáculo onde actuarão músicos como Ziqo, Azagaia, Elsa Mangue, Massukos, Self Estern e Ras Haitrim.

Depois, para terminar o primeiro dia do festival, haverá uma festa temática onde a música estará ao cargo do DJ Paura. No segundo dia, Sábado, irá abrir-se um espaço para a camada mais jovem, as crianças, permitindo que elas tenham contacto com artistas de renome nacional e internacional de modo a que estas aprendam o abecedário das artes. “Haverá um programa infantil que irá preencher todo o dia com pula-pula, um ateliê de reciclagem, conversa com os músicos, workshops, teatro, leitura de livros infantis, entre outras coisas”, contou a coordenadora de comunicação. “Para nós esta abertura é fundamental para a nova geração e a nossa intenção é de que o festival tenha periodicidade anual”, comentou o director de festival. ?

Ainda no mesmo dia prevê-se a actuação da banda da PRM, os Sarruga (Espanha), Músicos Sem Fronteiras (França), PJ Power, Hip Hop Pantsula e Natalie Rungan e Tucan-Tucan (África do Sul). O dia também será dedicado à dança contemporânea, teatro e declamação de poesia e o seu encerramento será com uma festa temática. ?

Já no último dia, haverá o workshop Managment & Agency, poesia e teatro. No Museu Nacional de Arte, os artistas Gonçalo Mabunda e Mauro Pinto irão expor as suas obras enquanto na tenda VIP do Tunduru, Maureen e Moreira Chonguiça irão apresentar um espectáculo. O dia também terminará em grande com uma festa temática a cargo do DJ Paura.

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