A falta de um plano provincial de contingência esta a colocar Nampula em situação de vulnerabilidade no que tange a implementação de medidas de prevenção em caso de ocorrência de calamidades. O governador provincial, Felismino Tocoli, que, quarta-feira, visitou as instalações do Instituto de Gestão de Calamidades (INGC), mostrou-se alarmado pela falta daquele tipo de documento orientador.
Segundo Tocoli, um plano de contingência ajudaria-nos a ter uma imagem daquilo que pode ser a intervenção do governo e dos outros parceiros, em casos de emergência. Porém, tal não é possível, neste momento, porque não dispomos de documento de género e já estamos em Agosto.
A província de Nampula, principalmente a sua zona litoral, é propensa à ocorrência de ciclones e outros tipos de tempestades, para não falar de chuvas torrenciais, que, muitas vezes, desaguam em epidemias como a cólera e malária. Para Tocoli “valendo-se destes conhecimentos, devíamos ter já pronto um documento interventivo”. De referir que, em princípios do ano em curso, registaram-se vendavais acompanhadas de chuvas nos distritos de Monapo, Memba, Meconta, Murrupula, Lalaua, Nampula-Rapale e Nacala-a-velha, que tiveram como consequência três óbitos e 433 casas de construção precária destruidas, incluindo algumas salas de aulas, unidades sanitárias, internatos e mesquitas.
Embora não tenham sido projectados os impactos de eventuais calamidades naturais para este ano, dados referentes ao ano passado, indicam que pelo menos 42 mil pessoas seriam afectadas e seriam necessários 34 milhões de meticais, para providenciar apoios multiformes aos mesmos. Falando para os jornalistas, o governante nampulense disse ser necessário que a delegação do INGC de Nampula trabalhe para merecer o slogan da instituição segundo qual “vale prevenir que remediar”.
Na óptica de Tocoli, o deplorável estado em que se encontram os armazéns daquela instituição, sujos e a admitir a infiltração de água e poeira, é nocivo para um local onde são encaminhados bens como alimentos, vestuários e outros, para socorro de pessoas vulneráveis a todos os níveis.