Apesar dos “impressionantes” aumentos das fatias do orçamento para a Saúde, Moçambique “gasta anualmente abaixo de 5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) naquele sector”, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), acrescentando que cerca de 40% da população nacional não têm acesso àqueles serviços.
Até 2009, o país tinha um rácio de um médico para atender 300 mil pessoas, contra perto de 20 mil pessoas/médico previsto para o presente ano de 2010, de acordo com aquele organismo da família da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em termos de cobertura, o nível mais baixo de cuidados verifica-se nos postos de Saúde, estimando-se em 638 mil pessoas por cada tipo daquelas infra-estruturas, contra cerca de 34,2 mil habitantes por cada centro de Saúde. Moçambique dispõe de um total de 12 hospitais provinciais ou gerais e cada uma daquelas unidades atende a perto de 1,4 milhão de habitantes.
Em termos individuais, em média, cada moçambicano produziu, em 2009, o correspondente a 477 dólares norteamericanos, contra USD 301, em 2004, USD 356, em 2006, e 473 dólares norte-americanos, em 2008, “e grande parte daqueles orçamentos é gasta em cuidados de saúde”, segundo ainda a OMS.
Dos 46 países africanos avaliados pela OMS, somente cinco, não especificados, canalizaram mais de nove porcento do seu Produto Interno Bruto para o sector da Saúde, de acordo igualmente com aquela agência, salientando, contudo, que “a prevalecente crise financeira Internacional ameaça os esforços dos governos africanos visando atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM)”.
