A organização norte-americana de base Cristã Mundial lançou esta quinta-feira oficialmente o projecto de saúde e saneamento denominado “Ogumaniha”, numa cerimónia realizada em Quelimane, província da Zambézia, Centro de Moçambique.
Designado “Ogumaniha”’, “unidos por um propósito comum” em língua local Chuabo, este programa é financiado pela Agência de Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) que concedeu 49,4 milhões de dólares americanos à Visão Mundial para ser aplicado nas áreas da saúde, água, saneamento e necessidades agrícolas das crianças da província, mulheres e famílias de uma forma integrada. Além deste valor desembolsado pela USAID, a Visão Mundial e seus parceiros acrescentaram um montante adicional de 12 milhões de dólares, ascendendo assim para 61 milhões o orçamento total do projecto. Da lista dos parceiros da Visão Mundial constam a ADRA, FGH, John Hopkins University, ACDI/VOCA, Cruz Vermelha e IRD.
Segundo um comunicado de imprensa da Visão Mundial, esta organização e os seus parceiros treinam agentes comunitários de saúde e os equipam com telefones celulares e bicicletas para fazerem rondas em áreas remotas, para que as mulheres com grávidas de alto risco, as novas mães e recém-nascidos possam ter acesso aos cuidados e à consulta. A distribuição de redes mosquiteiras tratadas com insecticida para as famílias é outra componente deste programa, que também prevê o fornecimento de equipas móveis de longo alcance e palhotas de espera para as mulheres grávidas também.
Apesar de ser apenas esta semana ser lançado oficialmente, este programa foi anunciado no ano passado. Aliás, o encontro de hoje serviu para fazer uma avaliação do primeiro ano de actividades bem como para planificar as tarefas de 2011.
Um ano depois da execução, a Visão Mundial considera que há mudanças no comportamento das comunidades, uma vez que, dentre vários aspectos, muitas pessoas agora possuem latrinas melhoradas. “Com a introdução de tecnologia de agricultura de conservação, aumentou consideravelmente as colheitas contribuindo para o maior rendimento das famílias, aumentou igualmente o número de mães que dão a luz nas unidades sanitárias. Nota-se o crescente número de homens que aderem a saúde e na área do HIV/SIDA diminuiu a descriminação no seio dos afectados e infectados”, refere o comunicado de imprensa.
“Esta é uma boa oportunidade para melhorar substancialmente a vida das crianças, mulheres e famílias na província da Zambézia”, disse Francois Batalingaya, especialista de assuntos humanitários da Visão Mundial, que liderou o desenho deste programa. A Visão Mundial está presente em Moçambique desde 1984 e agora possui projectos em diversas províncias do país.