Alguns bairros sobretudo suburbanos da Cidade da Beira registam inundações durante todo período do ano, enquanto antigamente tal situação apenas ocorria em épocas chuvosas. Na tentativa de se inteirar da situação, acabamos apurando que as aguas que demandam de qualquer maneira nos bairros suburbanos da Cidade da Beira provém do sistema de tubagem do FIPAG, responsável pela distribuição de água canalizada nesta autarquia. Em muitos casos o sistema de tubagem percorre ao longo das margens das ruas, por sinal são esses espaços onde há ocorrência de muitos charcos que acabam abrindo pequenos cursos de água os quais tem desaguado nos quintais de residências e causando embaraços as famílias locais.
Noutros casos os caudais de água prójectada a partir do sistema de tubagem do FIPAG chega a cortar ruas tornando difícil a circulação sobretudo automóvel. Sucede que grande parte da rede de distribuição do FIPAG a tubagem apresenta roturas que jorram agua todo o momento. O pior é que nalgumas vezes passam semanas sem a sua reparação.
No Decimo Nono Bairro, Manga- Mascarenha, abordamos o seu Secretario, Domingos Agostinha, que disse essa situação de rotura sistemática da tucharcos sobretudo ao longo das vias de acesso, inviabilizando o esforço das comunidades locais no melhoramento das condições das vias de acesso. Por outro lado, indicou que a existência de muitos charcos e cursos de água no bairro também concorre para a propagação de condições favoráveis à malária, visto ser nesses locais onde os mosquitos causadores da doença privilegiam a sua reprodução. Alem disso, Domingos Agostinho acrescentou que essa situação além de comprometer também o trabalho de limpeza retira estética do bairro, incluindo o risco que os cursos de água representam particularmente para as crianças que podem perder a vida a cair neles.
FIPAG tem consciência do problema
Contactamos o FIPAG. Foinos recomendado a falar com um técnico que se identificou por Mohamed Mussa. Ficamos a saber, afinal, que o FIPAG está a par da situação. E que além dos problemas acima arrolados, a situação representa uma penalização a empresa responsável pela distribuição de água na Cidade da Beira, pois a agua desperdiçada tem o seu custo. E uma agua tratada e transportada à Cidade da Beira desde Mutua, a cerca de sessenta quilómetros da capital provincial de Sofala.
O técnico com quem falamos no FIPAG lamentou que tal situação esteja a ocorrer com prejuízos tanto para a empresa assim como para os residentes dos bairros afectados. Na sua opinião, o que tem originado grande parte das roturas das tubagens e a circulação de camiões pesados em vias que não deviam, ou seja, que não estão preparadas para suportar o seu peso. Essa situação denuncia a falta de fiscalização rodoviária. De facto ela ocorre e quase toda gente já se queixou disso.
Mohamed Mussa disse que o actual sistema de distribuição de água nos bairros da Cidade da Beira e constituído por tubos PVC, ou seja, de plásticos que não suportam o peso de camiões de grande tonelagem. Para enfrentar situações de sobrepeso seria necessário recorrer-se a tubos galvanizados, mas a dado momento concluiu-se que uma tubagem galvanizada é menos eficiente em relação a PVC, dai ter havido projecto de sua substituição.
Todavia, Mussa assegurou que a empresa tem enviado esforços para resolver o problema e solicitou a colaboração dos munícipes alertando imediatamente o FIPAG em casos de roturas da tubagem. Entretanto, O Autarca soube que o próprio FIPAG tem pessoal cuja tarefa e monitorizar o estado sistema, questionando-se a sua operacionalidade. Inicialmente, alegava-se que as constantes roturas da tubagem era devido o aumento da pressão de bombagem de água.