O governo norte-americano diz que perto de três-quartos do crude derramado pela petrolífera BP no Golfo do México já foi recolhido ou destruído pela natureza. A Casa Branca diz que o restante crude que ainda se encontra no mar, desde a explosão de uma plataforma da BP em Abril passado, já não tem risco para o ambiente.
A conselheira do Presidente Obama para o ambiente, Carol Browner, anunciou esta quarta-feira que a maioria do crude derramado tinha sido capturado, queimado ou se tinha evaporado. Natureza Browner disse ainda que as autoridades americanas estavam perto de conseguir eliminar todo o crude que ainda se encontrava no mar: “Os cientistas dizem-nos que a Mãe Natureza se vai encarregar dos cerca de 25 por cento que não foram recolhidos ou que não se evaporaram. O crude vai continuar a dissipar-se, e a natureza vai continuar a destruí-lo. Algum poderá dar à costa em bolas de alcatrão que podem ser limpas e serão limpas, vamos fazer com que isso aconteça.”
“Morte” do poço
As declarações da Casa Branca chegam pouco tempo depois da BP ter anunciado que a operação destinada à chamada “morte estática” do poço de petróleo no Golfo do México está a resultar, pelo que a sua selagem definitiva poderá acontecer em breve. O Presidente Obama disse que acreditava que a batalha para pôr fim ao derrame de crude no Golfo do México estava perto de chegar ao fim. “São bem-vindas as notícias de que os esforços para obstruir o poço parecem estar a resultar”, afirmou Barack Obama.
Cepticismo
Mas David Santillo, da organização ambientalista Greenpeace, diz que ainda é cedo para tanto optimismo: “Naturalmente num derrame desta magnitude é muito difícil haver boas notícias. Tratou-se de um desastre com um impacto ambiental significativo e que continuará a ter reflexos no futuro.”
Acrescentou: “O que está claro pelo que foi dito é que os números se baseiam em estimativas, porque não é possível medir quanto crude foi derramado, e restam ainda muitas perguntas por responder.” De acordo com o governo norte-americano, cerca de 4,9 milhões de barris de crude foram lançados ao mar e apenas 800 mil barris foram capturados.