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Governo da Guiné Bissau admite “força de estabilização”

As autoridades políticas e militares da Guiné-Bissau concordaram, domingo (1), com o princípio da vinda de uma força de estabilização, disse à imprensa um porta-voz da presidência guineense. Em declarações aos jornalistas, à saída de uma reunião do Conselho de Defesa Nacional, presidida pelo presidente Malam Bacai Sanhá, o porta-voz do órgão afirmou que essa decisão foi tomada e que serão agora iniciadas as formalidades necessárias.

Segundo Soares Sambu, a aceitação da futura força vem na sequência dos apelos nesse sentido feitos à Guiné-Bissau nas recentes cimeiras de chefes de Estado e Governo realizadas na ilha do Sal, Cabo Verde, na cimeira da CPLP que se realizou em Luanda, Angola e as decisões da cimeira da União Africana, que se realizou em Kampala.

“O Presidente está a tratar de criar consenso e tentar difundir toda a informação relativamente às principais decisões em relação à Guiné-Bissau, particularmente em relação aos esforços que estão sendo desenvolvidos junto à comunidade internacional na mobilização de apoios para o processo da reforma do sector de Defesa e Segurança”, indicou o porta-voz da presidência guineense.

Questionado sobre o mandato e a composição da futura força de estabilização da Guiné-Bissau, Sambu afirmou que, por enquanto, essas questões ainda não foram definidas. “Ainda há algumas etapas a serem percorridas, isso requererá um processo interno que vai ter que ser realizado.

O Estado-Maior General das Forças Armadas vai ter que reunir os resultados dessa reunião que vão ser transmitidos ao Executivo que, naturalmente, vai deliberar e, por fim, submeter a sua deliberação ao Parlamento e depois o presidente promulgará a decisão que sair dessa instancia”, disse Soares Sambu.

O porta-voz da presidência não soube dizer se a força estará na Guiné-Bissau antes do final deste ano, no entanto, notou que o trabalho para a sua vinda vai ser iniciado brevemente. “O formato nem está ainda definido (…). Diferentes missões, quer da União Africana, CEDEAO e CPLP virão ao país e com as nossas autoridades políticas e militares vai ser definido um conjunto de questões em relação ao mandato, ao formato, quero dizer, um conjunto de questões militares, que eu desconheço neste momento”, sublinhou Soares Sambu.

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