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Caçadores furtivos abatem 12 elefantes na reserva do Niassa

Caçadores furtivos abateram 12 elefantes e retiraram as respectivas pontas de marfim na Reserva Nacional do Niassa, província do mesmo nome, no norte do país. Segundo a sociedade gestora daquela que é a maior área de conservação no país, o incidente é o maior do género ocorrido nos últimos oito anos naquele parque faunístico.

O último episódio semelhante sucedeu em 2002, em que 23 elefantes foram abatidos por grupos de caçadores furtivos. O recente episódio, segundo a mesma fonte, sucedeu a cerca de quatro quilómetros da aldeia de Mbamba, próximo das margens da bacia hidrográfica de Lugenda, para onde foi envida uma força de fiscalização da reserva, depois que a ocorrência foi reportada por membros da comunidade.

As equipas de busca que se criaram na sequência do incidente incluíam agentes da Polícia (PRM) e da Guarda Fronteira que, após buscas na zona indiciada, acabaram por identificar o local exacto onde os animais foram abatidos e o respectivo marfim removido. Entretanto, porque a denúncia tardou a chegar às autoridades gestoras da reserva, os furtivos tiveram tempo suficiente para se retirar da área, embora das investigações que se seguiram tenha sido possível encontrar algumas evidências do envolvimento de membros da comunidade de Mbamba.

Aliás, as investigações em curso permitiram, pelo menos, recuperar armas e munições que eram usadas para práticas ilegais dentro da reserva. Todavia, as investigações, segundo o matutino “Notícias”, continuam visando localizar os infractores, porquanto há já informações que apontam para um envolvimento de cidadãos estrangeiros na operação.

A fonte acrescenta que a perícia com que os animais foram abatidos, tiros certeiros na cabeça, dá para concluir que a operação foi realizada por indivíduos com larga experiência na caça furtiva, que para o efeito usaram armas especializadas. Os elefantes foram abatidos em pleno meio-dia, numa altura em que habitualmente os animais descansam na sombra.

A direcção da Sociedade Gestora da Reserva do Niassa acredita que as circunstâncias que rodearam o incidente revelam a existência de uma rede de crime organizado que se dedica à caça ilegal, aproveitando-se das fragilidades na área de fiscalização.

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