Incêndios florestais espalharam-se pelo oeste da Rússia este sábado, aumentando em 30 por cento o território já atingido em apenas 24 horas. Contudo, autoridades dizem que estão a começar a avançar no combate ao fogo. Pelo menos 28 pessoas já morreram e 3.500 foram retiradas da região. Os incêndios estão a alastrar-se, ajudados pelas mais altas temperaturas já registadas desde que começou a se registrar o clima há 130 anos. Pelo menos 1.260 casas foram queimadas.
O presidente russo, Dmitry Medvedev, já mandou o Exército ajudar a combater as chamas que se espalham na parte europeia da Rússia, depois que a onda de calor arruinou a colheita e levou milhares de fazendeiros à beira da falência. A seca em algumas partes da Rússia, que é um dos maiores exportadores de trigo do mundo, fez o preço da commodity disparar e atingir o preço mais alto registrado neste ano.
Este sábado, a área atingida pelo fogo que se alastra pelo chão e pela floresta, aumentou de 850 quilômetros quadrados para mais de 1.200 quilômetros quadrados, disse o ministério da emergência. Contudo, o órgão governamental disse que em geral a situação está sob controle em Nizhny Novgorod, uma das regiões mais afetadas, a mais ou menos 500 quilômetros ao sul de Moscou.
“A situação do fogo na Rússia está sob controle”, disse o ministério. “Os desabrigados já estão a receber três refeições ao dia assim como assistência médica e psicológica.” Em Nizhny Novgorod, onde ao menos 540 casas foram destruídas, vários vilarejos continuam sob ameaça de aproximadamente 60 focos de incêndio na região, disseram as autoridades russas.
A Rússia declarou estado de emergência em 14 de seus 83 distritos e 240 mil pessoas foram enviadas para a região para combater os incêndios, de acordo com a mídia e com autoridades locais. Altas temperaturas, em torno de 40 graus em algumas áreas, deixaram vastos trechos da área agrícola da Rússia secos.
O primeiro ministro, Vladimir Putin, cancelou reuniões na sexta-feira para ir a Nizhny Novgorod. Ele mandou o governo alocar 5 bilhões de rublos (165 milhões de dólares) para ajudar as vítimas dos incêndios.