Um centro-piloto de transferência e adaptação de tecnologias agroindustriais deverá ser erguido, a partir de 2011, no distrito de Boane, província de Maputo, visando o maior aproveitamento das potencialidades existentes naquela região de Moçambique.
O empreendimento está orçado em cerca de 250 mil dólares norte-americanos e será erguido pelo Instituto de Permacultura da Amazónia (IPA) do Brasil.
O centro destina-se à implementação de projectos ligados a energias renováveis, aquacultura, sistema de captação, arma- zenamento, filtragem e purificação de águas pluviais, segundo Ali Sharif, director daquela instituição que desenvolve aquele tipo de actividades em quase todos os países da América Latina A edificação de habitações com sustentabilidade ecológica a partir de material local será outra das experiências que poderão ser desenvolvidas no referido centro, de acordo ainda com Shafi, falando em exclusivo ao Correio da manhã, sexta-feira passada, à margem da cerimónia de apresentação da experiência do Brasil em matéria de permacultura.
Aquela actividade consiste, basicamente, no uso de práticas agrícolas e industriais tradicionais com recurso a princípios ecológicos. Até finais do presente ano de 2010, cerca de 20 quadros moçambicanos deverão ser treinados no Brasil, de acordo ainda com aquela fonte, realçando que a iniciativa vai, posteriormente, ser extendida para outras regiões de Moçambique “de forma a que o país possa reduzir a importação de tecnologias de alto custo, assim como contribuir para elevar os níveis de produção dos pequenos produtores”.
Permacultura significa agricultura permanente, estando o Instituto de Permacultura da Amazónia a liderar as campanhas de utilização daquela prática nos países em vias de desenvolvimento.
