Estima-se que 22% de crianças moçambicanas com idade inferior a 14 anos estão envolvidas no trabalho infantil, na sua maioria desenvolvendo actividade agrícola, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Uma em cada cinco crianças com idades compreendidas entre os cinco e 14 anos está envolvida em qualquer forma de actividade económica, de acordo ainda com aquele departamento governamental, realçando que grande parte daquele tipo de exploração acontece nas zonas rurais, onde as mesmas são designadas pelos seus encarregados de educação de “ajudantes” na prática de actividades agrícolas.
A prevalência do trabalho infantil varia consoante o grau de escolaridade dos progenitores, estimando-se em 24% a quantidade de crianças cujos pais não têm nenhum nível de escolaridade envolvidas no trabalho infantil, contra pouco menos de 10% cujos educadores têm o grau de educação secundário ou superior. No geral, os rapazes e as raparigas estão envolvidos de igual forma naquelas formas de exploração, com excepção do trabalho doméstico em maior protagonismo.
Refira-se que o Centro de Aprendizagem da Sociedade Civil (CASC) moçambicana apresentou, semana passada, um relatório no qual afirma que a “aplicação do quadro jurídico contra a mão-deobra infantil, em Moçambique, continua a ser um desafio e vai exigir uma extensa consciencialização das instituições responsáveis pela sua implementação”.